Do Analista dos Planaltos

Com seus colegas de partido e toda a cúpula de peemedebistas com pedido de prisão no STF e o antigo casarão da Vicente Machado, a sede toda pichada por manifestantes, o macróbio senador Roberto Requião proferia de maneira alienada mais uma de suas repetitivas catilinárias eivadas de clichês e conceitos ultrapassados na noite de ontem. Isso em reunião da desmilinguida e esvaziada Comissão Executiva, a direção do partido. Sentado à mesa principal, em um papel decorativo, o ancião estava rodeado apenas pelos familiares: o sobrinho e Deputado Federal João Arruda, o filho e deputado estadual Requiãozinho , o assessor de gabinete Delazari e o ex-assessor Hudson . Como um déspota nepotista e em final de carreira, o senador, durante a reunião transmitida pela internet, ditava intervenções em diretórios municipais que não lhe são submissos, como o de Ivaiporã, e verberava seu inconformismo contra a Justiça que, através de liminares, tem derrubado todas essas decisões ilegais, raivosas e autoritárias . O PMDB de hoje é uma sombra do passado e sobrevive apenas de fisiologismos, cargos e acordos espúrios que fariam corar e levantar da tumba o respeitado líder Ulysses Guimarães .