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e um sim vale por tudo
Pois é,ela era ainda muito jovem,subia o trilho até o cafezal e de sol a sol carpia o mato no meio de carrapichos e de volta e meia bebia fartamente agua de uma moringa e quando o sol quase se punha voltava com sua família para casa.
Morava de frente para a tulha e sempre via o filho do fazendeiro de calças lee americana com seu esplanada 0 km e suspirava em ter a esperança de um dia mudar de vida.
Ontem tive o prazer de visita-la,ela trabalha fazendo faxina em casas de famílias e pude observar o quartinho onde mora com pintura a cal velha e um banheiro acanhado sem forração e sem pia.
Eu fiquei desiludido,não sei se é por minha idade ou se estou me tornando um homem amargo com a situação de um povo que nasceu num Pais rico,onde ele tanto trabalhou para depois no fim de sua vida não ter um certo conforto ou um lugar digno para passar o resto dos seus anos.
Pobre trabalhador brasileiro,pobre ser dotado de inocência que acredita que logo alguém vai resolver toda essa miséria que com o passar dos anos vai se acentuando.
N