Da Folha.com
A Polícia Federal deflagrou na manhã terça-feira (24) a 30ª fase da Operação Lava Jato. A ação foi batizada de “Operação Vício” e ocorre nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
Policiais Federais e servidores da Receita Federal cumprem dois mandados de prisão preventiva, nove de condução coercitiva e 28 de busca e apreensão.
Segundo a PF, as investigações estão inseridas diretamente no esquema de corrupção e lavagem de ativos decorrentes de contratos firmados com a Petrobras.
Três grupos de empresas são investigados por terem se utilizados de operadores e de contratos fictícios de prestação de serviços para repassar, notadamente, à Diretoria de Serviços e Engenharia e Diretoria de Abastecimento da Petrobras.
Também estão sendo investigados pagamentos da diretoria internacional da estatal a um executivo da empresa que atuou na aquisição de navios-sonda.
Cerca de 50 policiais e dez servidores da Receita Federal participam da operação.
A ação ocorre um dia após o ministro do Planejamento, Romero Jucá, pedir licença do cargo depois de a Folha divulgar gravações em que ele sugere um pacto para deter a Operação Lava Jato.
VÍCIO
A nova fase da Lava Jato, “Vício”, remete, segundo a PF, “à sistemática repetida e aparentemente dependente prática de corrupção por determinados funcionários da Petrobras e agentes políticos que aparentam não atuar de outra forma senão através de atos lesivos ao Estado”.
Nesta etapa são investigados, dentre outros, crimes de corrupção, de organização criminosa e da lavagem de ativos.
29ª FASE
Nesta segunda (23), a PF deflagrou a 29ª fase da Lava Jato, batizada de “Repescagem”. Principal alvo da operação, o ex-funcionário do PP João Claudio Genu foi preso preventivamente em Brasília.
Genu foi assessor do deputado José Janene, que morreu em 2010. Ele foicondenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal em novembro de 2012) no escândalo do mensalão do PT por ter sacado R$ 1,1 milhão das empresas do publicitário Marcos Valério. Em 2014, após recurso, Genu foi absolvido do crime de lavagem de dinheiro e teve a pena reduzida.
Segundo a PF, foram encontrados elementos que indicam a participação do investigado também com o esquema de corrupção na Petrobras.
Se lava-jato abrange tudo,por que o Moro não olha para a janela bem a seu lado ali pelo Palácio Iguaçu?