por Célio Heitor Guimarães
Ô, meu Brasil! Brasil brasileiro, de encantos mil. Estou preocupado com você. Governos desastrados e incompetentes, aliados ou mancomunados com a patifaria e a corrupção, puseram por terra o seu conceito de pátria amada, abençoada por Deus e bonita por natureza, respeitada pelo mundo como potência emergente, onde em se plantando tudo dá.
Aqui reinava a esperança de um futuro brilhante. Tínhamos território, terra fértil, água em abundância, sol constante e uma gente pacífica e trabalhadora. Em nenhum lugar do mundo a mistura de raças, etnias e religiões deu tão certo, em uma convivência pacífica, bem humorada e criativa.
Aí, chegou o PT, assumiu o controle da nação e demonstrou que a coisa não era bem assim, que nem todo mundo podia ser igual, que a verdade estava com ele e que tudo era permitido em nome da manutenção do poder. Deu no que deu. Mentiras, dissimulações e arranjos espúrios quebraram o país. O governo perdeu o rumo, a economia nacional afundou, empresas fecharam as portas, o trabalhador perdeu o emprego, o povo entristeceu e o mundo deixou de acreditar no Brasil.
Felizmente, a “companheirada” está sendo apeada do mando. Parte deverá ser inquilina do juiz Sérgio Moro, na República de Curitiba, outros irão queimar pneus nas rodovias nacionais e continuarão infernizando a vida dos brasileiros. Mas aí já será caso de polícia.
Um novo governo deverá tomar assento no Planalto Central. Chega, igualmente, cercado de dúvida e desconfiança da população. Será capaz de caminhar em uma terra arrasada e comandar uma máquina inteiramente “aparelhada”? Terá talento, plano de ação e gente competente para tanto? Não se sabe, alguns indicativos são ruins e decepcionantes. Há, porém, uma certeza: melhor que o atual desgoverno, será. Só pode ser.
Administração pública é coisa séria. Muito mais do que parece ser. E deve ser conduzida por gente digna, responsável, bem intencionada e acima de qualquer suspeita. Mais do que isso: de forma transparente e sob o olhar vigilante dos administrados.
Sei por experiência própria que há muita gente honrada, capaz e com acentuado espírito público nos escalões inferiores da administração pública. Gente que leva a sério a sua atividade e tem orgulho de servir a população. Não fosse assim – incrédulo leitor –, nem administração pública haveria mais.
O problema é que, na verdade, não há interesse real dos ditos administradores em moralizar a atividade pública. Se houvesse – e faz mais de duas décadas que venho repetindo isso –, começar-se-ia acabando de vez (ou restringido ao mínimo indispensável) os cargos em comissão, os chamados cargos “de confiança”, aqueles para cujo preenchimento não é necessário concurso público nem competência nem comparecimento ao trabalho. Mas rendem aos agraciados polpudos rendimentos, que dilapidam o erário público. Há mais de 100 mil cargos comissionados no governo federal. Se os atuais ocupantes (ou a maior parte deles) fossem demitidos e as vagas resultantes não preenchidas, o país respiraria aliviado. Michel Temer sabe disso, mas duvido que seja capaz de tal atitude .
Aliás, é possível que Temer – chamado de “golpista”, “traidor” e “conspirador” pela “presidenta” afastada e por sua camarilha – jamais imaginasse chegar à presidência da nação. É um político tarimbado, mas em final de carreira, e a posição de vice lhe estava de bom tamanho. Mas o destino tem das suas. Passou um mandato e meio sendo solenemente ignorado pela turma palaciana, jamais foi consultado nem lhe foi permitido dar um palpite. Dilma achava-o figura decorativa e quando ele precisava pisar o mármore do Planalto, era aquele constrangimento. Agora, poderá dar o troco.
A situação, porém, é de risco. Exige ação imediata. O substituto não poderá errar o tiro inicial. Se acertar o alvo, terá o apoio do Brasil e o respeito internacional. Mais do que isso, tapará o bico de seus detratores. Se ratear na saída ou o tiro pifar, seu mundo começará a desmoronar desde logo.
Não gostaria de estar no lugar de Michel Temer.
Voces torcem pela cagada e agora não sabem o que os espera?????????????
Cagada por cagada, pelo menos troca-se o cheiro da merda….hihihihihihi
Silvestre, aqui é a Capital dos Hipocritas. Elegeram o Piá de Prédio no primeiro turno e agora ninguem votou nele. Acham o Daltagnol ( aquele do MPF) um heroi e trata-se de um Piá de Igreja. Assim que a banda toca por aqui. Habemus Piá de Prédio e Piá de Igreja e claro o BIG…BIG …MORO, o Juiz de Deus.
Oh Silvestre!
Vamos comer uma coxinha de mortadela e selar a paz.
O Brasil não vai acabar, agora que o PT saiu do poder (talvez até melhore).
E esta convicção de que a “esquerda” não podia sair do poder é, provavelmente, o motivo pelo qual o PT está sendo apeado dessa maneira.
Manter-se no poder, a qualquer custo e por longo tempo, corrompe qualquer pessoa e qualquer partido e isso é muito pior que a alternância com a chamada “direita”. Até porque, tirando o discurso, há pouquinha diferença.
Ps. Lembre-se de que o fato da humanidade ter conseguido uma organização social e democrática mínima já é, por si só, um feito memorável, uma vez que a egofagia do ser humano sempre o empurrará para o abismo do radicalismo ideológico. O Estado islâmico está aí para comprovar isso. Por isso, revesar o poder entre “esquerda” e “direita” é muito melhor do que você imagina.