16:45A VERGONHA DO COMPADRE

por Rogério Distéfano

Manhã cedinho, o marido sai de viagem e pede para o vizinho e compadre cuidar de sua mulher, a comadre do viajante. O compadre leva a sério a incumbência e decide realizar seu sonho, transar com a comadre – que não resiste, afinal também ela alimentava fantasias.

Dia quente, janelas abertas, comadre e compadre refestelam-se nas idas e vindas do amor. O marido, que esquecera documento, volta para casa e vê o compadre e sua mulher em trajes bíblicos, estirados na cama, ele gostosão, cabelo no peito, musculatura de caminhoneiro, ela com tudo despencado, pelancado.

“Ai que vergonha do compadre”, lamenta o marido pela decepção do amigo. Retoma a viagem, pé ante pé, silencioso, para não interromper a ‘atenção’ que a mulher recebia. Waldir Maranhão, o cucaracha vice presidente da câmara, ao anular o impiche e desanulá-lo em seguida, nos deixou, como nação, na situação do marido: com vergonha do compadre.

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