7:04Zé Roberto

Somente um craque excepcional poderia fazer as torcidas do Atlético Paranaense e do Coritiba concordarem. Zé Roberto, que ontem partiu aos 70 anos, fez e faz isso. Fora de campo era um descontrolado. Fica o que fez dentro com as camisas dos dois times que hoje decidem mais uma vez o campeonato paranaense. Recentemente o Coritiba ergueu uma estátua em vida ao grande Dirceu Kruger. Pois é dele as seguintes palavras: “Dos que que eu joguei ao lado e contra e vi atuar, só estava abaixo do Rei Pelé”. Ao encontrá-lo recentemente do lado de fora do estádio Couto Pereira, o fotógrafo Sergio Sade, que cobriu algumas Copas do Mundo pela revista Veja e Placar, pediu e posou ao lado do ex-jogador como fã incondicional. Ontem, lembrou uma história que presenciou ao cobrir um treino do Coritiba e ouvir do jogador, saindo nervoso: “Eles me fazem treinar e ainda querem que eu jogue bem!” Zé Roberto, que chegou à seleção olímpica e poderia ter sido ídolo na principal, era assim. Um talento raríssimo que achava que isso bastava. Herdou do pai, Jerônimo, o DNA da arte do futebol. Ficará para sempre na lembrança daqueles que tiveram o privilégio de o ver jogar. É o que interessa.

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