Eu vivo de acordo com certas regras. A primeira delas: eu não acredito em nada que o governo me diz. GEORGE CARLIN, humorista norte-americano 

Que no pase hambre

A atriz Juliana Scalco, dublê de bunda de Maitê Proença na novela ‘Liberdade, liberdade’, reivindica a autoria do traseiro, uma obra prima da natureza.  A pretensão da moça tem mérito.

No direito espanhol há um princípio para o pleito de Juliana: “Que no pase hambre ese culito”. Para os iletrados na língua de Cervantes, hambre significa fome, e culito é bum bum, no diminutivo afetivo.

Leões de chácara

Deputados com folha corrida em acusações de corrupção tomam posse na presidência de importantes comissões da câmara federal. Raposas zelando pelo galinheiro? Não: leões-de-chácara cuidando das meninas do mafuá.

Cunha em cunha

O ministro Teori Zavascki, do STF, meteu uma cunha na câmara dos deputados e afastou Eduardo Cunha da presidência da casa.

A câmara podia passar sem essa. Mas esperar o quê dessa gente que diz tolices e faz canalhices no impiche de Dilma?

Pelo sim e pelo também, Cunha continua a mandar na câmara, com aliado em seu lugar na presidência e maioria de aliados na casa.

Pedal paulista

Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, usou desde 2011 receitas do metrô em despesas do Executivo. Em impichês atual isso é pedalada fiscal, como a de que acusam Dilma.

A presidente pelo menos devolveu o dinheiro de bancos oficiais depois que pedalou. Alckmin, nem tchuns.  Impiche de Alckmin? Não. Em São Paulo o pedal é mais em baixo.

 O cuspo no Mercosul

Ninguém segura o cuspo, que veio para ficar. Ricardo Centurión, do São Paulo, pega suspensão de seis jogos na copa Libertadores após escarrar no rosto de adversário durante disputa com o Toluca, do México. Fosse o cuspidor brasileiro, passava. Mas Centurión é argentino! O cuspo entra na pauta do Mercosul.

Os atores e o filme

Sérgio Moro não é mais protagonista exclusivo da Lava Jato. Parecia daqueles filmes em que o nome do ator aparece antes do título. Com Rodrigo Janot e Teori Zavascki incluídos no casting serão três atores principais.

A dificuldade estará em organizar os créditos. Talvez com a técnica de escrever os três nomes juntos, mas num ligeiro, quase imperceptivelmente desnível entre eles. Quem sabe incluir o ministro Zavascki como ‘participação estelar” – o also starring dos gringos.

No entanto, para nós da República de Curitiba, o que vem aí é sequel, a sequência, como os Exterminador I, II e III. Aqui, Sérgio Moro será sempre o primeiro Exterminador, o eterno Schwarzenegger do primeiro filme.

Pífios e safados

A federação nacional dos petroleiros declara greve geral. O motivos, pífios e safados: a estatização do pré sal e da Petrobras pela provável e incerta presidência Michel Temer. O verdadeiro motivo é o impiche de Dilma, pois a CUT controla a federação.

Se o problema é esse, por que não esperar para ver o que acontece no governo Temer? Ou se sai o impiche. Acham que Dilma se aguenta pela falta de gasolina no tanque dos golpistas. Para essa gente o Petrolão foi um conto da carochinha.