8:24O ANARQUISTA

Em política, a comunhão de ódios é quase sempre a base das amizades. 

ALEXIS DE TOCQUEVILLE 

Boi na linha

Os ônibus do transporte coletivo de Curitiba apareceram nesta semana com propaganda institucional da prefeitura nos vidros traseiros. A propaganda é sempre aquela dos governos, que no geral não educa, nem informa, e só é boa para as agências que ganham as licitações.

Mas esta última da prefeitura deixa o curitibano cabreiro: tem lá um velhote barbado, sorridente, a cara do João Pedro Stédile, o general do MST. Tem boi na linha de ônibus? Pergunto, porque até ontem o prefeito Gustavo Fruet estava meio de mal com o PT.

O amor é cego

O ex-presidente Lula estaria deprimido, dados os últimos acontecimentos, que afetam sua biografia e seu projeto de disputar a presidência. Seus seguidores absolutamente não se deprimem. Estão indignados. Para eles, Lula é injustiçado, vítima de calúnia e difamação. A adoração leva a mais adoração e à total cegueira.

O bunker das exéquias

O procurador geral da República, Rodrigo Janot, denuncia Dilma e Lula por desvio de finalidade na nomeação do ex-presidente para ministro da Casa Civil como expediente para garantir-lhe foro privilegiado. O tribunal ainda não decidiu sobre a posse de Lula. Sinaliza-se um possível precedente da mais alta corte do país sobre estes casos, hoje comuns em governos estaduais.

Veja-se. Semana passada o governador Fernando Pimentel, de Minas, nomeou a mulher secretária de estado. Com isso, ela tem foro garantido em processo a que já responde.

E há aquele outro Estado, nosso velho domicílio, onde blindagem igual, tão antiga que pode-se chama-la de bunker, subsiste há anos. Passa o tempo e dona Justiça não aponta a luz das exéquias deste outro desvio.

Concessionárias de índios

“Os índios brasileiros estão morrendo por falta de assistência técnica”. Uma das últimas frases eternas de Dilma Rousseff.

Só não consigo entender por que em cinco anos de presidente ela não abriu concessionárias de índios. Eles teriam não só assistência técnica como garantia de fábrica.

Nenhuma boa ação acaba sem punição

Dilma chama o senador Alberto Anastasia (PSDB/MG) de “ingrato”. Ela o ajudou quando governador de Minas e hoje Anastasia é relator no Senado do processo de impiche, no qual deu parecer favorável ao afastamento da presidente.

Podia chamar de tudo, menos de ‘ingrato’ ou congênere. Ingrato é aquele que recebe presente de alguém e não demonstra reconhecimento. Isso não acontece na relação institucional entre presidente e governador, que é entre União e Estado, em favor do povo do estado e sustentada pelo orçamento. Dilma não deu nada seu para Anastasia.

Dilma mostra seu lado autoritário – como de resto fazem ultimamente os petistas. Lula usou o mesmo xingativo com Rodrigo Janot, o procurador geral da República. Coisas donos do poder. Na vida e na política nenhuma boa ação acaba sem punição.

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Uma ideia sobre “O ANARQUISTA

  1. Zé Povinho

    É uma pena que só agora a querida companheira Dilma se deu conta de que os nossos índios estão morrendo por falta de assistência técnica. Será que se eles tivessem uma boa assistência médica não seriam melhores condições hoje, querida companheira?

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