9:37O ANARQUISTA

La donna è mobile

A BBC Brasil fez a conta: Dilma mudou 86 ministros até agora, nos dois mandatos – um inteiro, outro mal começado e quase abortado. Significa um ministro a cada 22 dias úteis. Como na ópera, ‘la donna è mobile’, a mulher é volúvel.

Contraindicação

Na viagem a N. Iorque, Dilma parece alterada, resvala na tática do ‘quanto pior, melhor’. Vai da loucura de pedir ao Mercosul a punição do Brasil pela cláusula democrática à critica aos ministros do STF que refutaram sua afirmação de que há golpe no impiche. A presidente não está em seu normal. Efeito contraindicado da mistura de frontal com vinho.

Contragolpe

Michel Temer cogita nomear para seu futuro ministério nome indicado pelo extinto José Rainha, fundador do MST e condenado pela Justiça. Se não for contragolpe petista, é tiro no pé.

O cuspo que nos separa

O site catracalivre consultou 26 mil pessoas sobre a cusparada do deputado Jean Wyllys no rosto do também deputado Jair Bolsonaro: 48% aprovam, contra 40% que desaprovam; 11% ficam em cima do muro, nem contra, muito menos a favor.

É o retrato do Brasil pós PT, dividido quase ao meio. Atenção, o cuspidor é dilmista e o cuspido é golpista. Mau sinal. Na remota hipótese de os 11% mudarem de opinião a coisa não melhora, porque indeciso é que nem barata tonta.

Novigramática

“Nós não queremos aqui sermos atropelados…”, o senador Lindebergh Farias (PT/RJ) exigindo o respeito ao regimento do Senado no julgamento da presidente Dilma, aliás, presidenta conforme a novilíngua do PT.

Político bom de briga, Lindebergh liderou os estudantes caras-pintadas contra o presidente Fernando Collor. Naqueles dias perdeu as aulas de gramática. E agora usa a novigramática dilmista.

Sei não

“Seu filho foi bastante corajoso”, o juiz Sérgio Moro elogia Bernardo Cerveró na audiência em que ouvia o Nestor Cerveró, preso na Operação Lava Jato.

Bernardo gravou conversa com o senador Delcídio do Amaral e com o banqueiro André Esteves, presos em seguida por obstrução da justiça.

Exagero, Excelência, o rapaz tinha costas quentes, apoio da PF e da Justiça. Corajoso é Marcelo Odebrecht, puxando cana, com a empresa quase quebrada e sem delatar, ainda que premiado.

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