Indecorosos e parlamentares

O deputado Jean Wyllys (Psol/RJ), militante das causas LGBT, foi atacado pelo colega Jair Bolsonaro (PSC/RJ) na votação do impeachment aos gritos de “veado, boiola, queima-rosca”. Wyllys revidou cuspindo no rosto de Bolsonaro; em seguida deu no pé, com a esvoaçante capa vermelha que envergava no dia. Provou que desaforo ele não engole; cospe.

De quem é o filho

O PT culpa Dilma pela derrota do impeachment, apesar de Lula ter acampado em Brasília para ajudar sua criatura. Se o resultado fosse favorável a Dilma, quem seria o vencedor? Ela? Não, Lula. Como deu chabu, a culpa cai em Dilma. A vitória teria pai poderoso. A derrota, órfã de pai, é filha de mãe solteira.

El bueraco es más abajo

Raúl Castro, o segundo irmão da dupla de ditadores que há 50 anos mantém Cuba isolada do universo, condena o impeachment de Dilma: “golpe de estado parlamentar”.

O pior está por vir, don Raúl. Michel Temer pode trocar o registro da torneira que jorrava no BNDES na era Lulodílmica e apresentar a fatura dos financiamentos das obras em Cuba contratadas pelas empreiteiras petroleiras.

A Rússia longe dos olhos e do coração, a Venezuela mal das pernas e o Brasil na mão da zelite, Cuba só escapa se fizer negócios nos shoppings da Flórida.

Nele, não

O PT entra com processo no STF para alterar a condução coercitiva dos investigados em processos criminais. Agora, depois que Lula passou pela condução. Antes, mesmo com companheiros conduzidos – Dirceu, Vaccari, entre outros – nada fez, como nada fez contra condução/prisão de parceiros do Petrolão. É  com são Lula as regras têm que ser outras.

Os dois lados da honra

Eduardo Cunha pretende processar os deputados que o chamaram de ‘gângster’ durante a votação do impeachment. Direito dele. E dos gângsteres que se sentirem ofendidos com a comparação.