A revoada dos marimbondos

A família Sarney salta do tombadilho da nau dilmeta e, segura no bote salva-vidas, navega em direção ao impeachment. Roseana, ex-senadora e ex-governadora do Maranhão, está em Brasília cabalando votos contra Dilma. O irmão, deputado Sarney Filho, também mudou de lado.

Do patriarca José tem-se apenas a previsão, que fez há coisa de dez dias, de que o impeachment não passa. O velho marimbondo de fogo nada disse ainda sobre a tendência do momento, a derrota de Dilma na câmara dos deputados.

Os maiores beneficiários do esquema do petrolão bandeiam-se no momento certo e com prudente rapidez para Michel Temer. Não haverá sérgios moros que chegue para dedetizar o governo que vem aí. Ainda teremos saudades de Dilma. No Brasil os males vêm para piores.

Soltura e soltura

O noticiário dá conta de que o juiz Sérgio Moro tem assinado alvarás de soltura de presos da Operação Lava Jato. Em Portugal ‘soltura’ também significa a liberação do conteúdo intestinal (sim, aquilo que nos alivia).

Algo me diz que aí está o motivo de José Sócrates, ex-primeiro-ministro português, criticar o impeachment de Dilma. Sócrates esteve na iminência de ser preso quando estourou um esquema de corrupção em seu governo.

Sócrates deve ter lá com seus borbotões imaginado o Estadão noticiando – ou a noticiar, como se diz no infinitivo adotado em Portugal – a ‘soltura’ do primeiro-ministro.

Veja quem fala

Do artigo de Dilma na Folha de S. Paulo, ontem: “A democracia não pode ser violentada”. Huum…