7:20A classe coxinha vai ao paraíso

do Avalista dos Planaltos

Nunca antes…

Vem aí o Mercedes classe C, fabricado em São Paulo. Segundo os entendidos não é uma brastemp; dizem que a Lady Di morreu no acidente em Paris porque na última hora o namorado deixou no hotel o classe S top de linha e usou o classe C para despistar os paparazzi.

No Brasil não terá problema de clientela, vai vender como pão quente para os coxinhas que – na gravação de dona Marisa Letícia, grampeada pela Lava Jato – “não têm R$ 500 mil para comprar um apartamento”. Mais do que nunca, nunca antes na história desse país…

Os sinais

Michel Temer assume a presidência da República como interino nos dias 31 de março e 1º. de abril próximos, quando Dilma estará em Washington. Se soubessem ler os sinais nem ela viajava nem ele assumia.

Os “idos de março” são prenúncio de tragédia desde que Shakespeare romanceou a morte de Júlio Cesar. Mais de perto temos os idos de 31 de março de 1964, que derrubou João Goulart, presidente de esquerda.

Já o 1º. de abril é nosso tradicional Dia da Mentira, ainda não consagrado em lei como data cívica. Mau sinais para os dois, Dilma e Temer, haja vista a possível saída do PMDB do governo Silva/Rousseff, anunciada para 29 de março.

Rima e solução

A Operação Lava Jato apreendeu um paper, estudo semiacadêmico, na sede da empreiteira Odebrecht, no Rio de Janeiro. Trabalho de fôlego e com certo mérito, com conclusões a serem meditadas.

Duas delas: o achaque dos políticos sobre as empreiteiras, nos moldes da Lava Jato, existe desde 1990; o ministério público federal tem sido seletivo ao dar preferência em investigar e denunciar os políticos do PT. Deixemos o achaque de lado, que é mais antigo que o MPF e a própria Sé de Braga.

A conclusão do analista sobre o paper da Odebrecht é simples sem ser simplista. A preferência pelo PT vem do imperativo de garantir a governabilidade – mudam-se as moscas e a imundície leva algum tempo para voltar a feder. Sai PT, entra PMDB.

O peixe morre pela boca

De novo a planilha da Odebrecht, divulgada pela PF, mostrando quem recebia doações da empresa. Apanha vacas sagradas como Roberto Freire e vacas nada sagradas como o ex-senador Demóstenes Torres; Aécio Neves e Aloísio Mercadante, nem vacas nem sagradas, também. Todos se defendem com o batido refrão: o dinheiro foi “devidamente declarado”.

Quando político e advogado usam advérbios, ligue o sinal de alerta. Devidamente declarado é conversa para boi dormir. No contexto da malandragem, o devidamente não qualifica nem o verbo, nem o substantivo, muito menos o argumento. Fossem sinceros, bastava dizer ‘declarei’. E ‘quem discordar que prove o contrário’.

Ó decepção!

Beto Richa, Gustavo Fruet, Gleisi Hoffmann, Ratinho Júnior e Luciano Ducci estão entre os que receberam dinheiro da Odebrecht para campanhas eleitorais. Onde estão os empreiteiros do Paraná? Não têm obras ou estão sovinas?

O blefe de Rosinha

Doutor Rosinha, deputado federal do PT/PR e delegado brasileiro no Mercosul, informa à imprensa que o órgão poderá aplicar ao Brasil as punições da cláusula democrática caso a presidente Dilma perca o mandato pelo impeachment.

Doutor Rosinha aplica o blefe do facão, aquele do jogo de truco ao externar tão desinteressada quando isenta opinião. Cláusula democrática pode caber ao Paraguai ou outro país equivalente. Ao Brasil, como? Os parceiros irão punir a maior economia do Mercosul?

Gente audaz 

Rui Falcão, presidente nacional do PT, tem nome de ave de rapina, mas se necessário torna-se pomba: “Queremos a paz, mas não tememos a guerra”. Falam tanto que uma hora alguém paga para ver. O blefe escapou do inconsciente de Falcão, que repete estrofes do ‘Deus Salve a América’, hino dos pracinhas brasileiros na II Guerra Mundial:

Quando nuvens negras,
como um negro véu,
descem sobre as serras
empanando o céu,

Ouve-se uma prece
dessa gente audaz,
que não teme a guerra,
mas deseja a Paz!

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