Desde que assumiu a prefeitura de Curitiba, Gustavo Fruet não alterou um milímetro seu comportamento à frente da administração e, principalmente, para o público externo. Até agora isso tem sido considerado ruim para sua imagem, ainda mais porque foi atropelado por questões delicadas como a do transporte público e os cuidados com a cidade, comprometidos por falta de recursos. Como já foi relatado aqui, em alguns momentos Fruet pensou em jogar a toalha e não tentar a reeleição, ainda mais porque durante três anos sua parceria com o PT só lhe trouxe dividendos negativos na esteira do que vem acontecendo na esfera federal. O prefeito, no entanto, não desistiu e vai tentar se reeleger. Os laços com o partido da presidente Dilma Rousseff foram cortados e na paisagem ele até agora não viu aparecer um candidato com força suficiente para atropelá-lo nas urnas, mesmo porque, ao que parece, Ratinho Junior, agora no PSD, só pensa “naquilo”, ou seja, ser governador do Paraná. Rafael Greca e Luciano Ducci, que brigam para ser a aposta do grupo do governador Beto Richa, já foram prefeitos e carregam mais dúvidas de que certezas nas pretensões. Requião Filho é uma criação, em todos os sentidos, do pai, que está no ocaso como líder. Fruet, ao que parece, vai se manter na dele e o incêndio nacional alimentado todo dia com casos e mais casos de corrupção, divulgados a partir da “República de Curitiba”, com reforço nos casos do Paraná, investigados pelo Ministério Público, reforçam o mote da sua campanha, que é o da honestidade a qualquer prova – e isso ele não precisa de megafone para alardear.