7:59A convicção de Moro e o funeral de Lula

… Quando Dilma nomeou Lula para a chefia da Casa Civil, sabia que estava blindando-o. Quando Moro aceitou o grampo feito depois de ter determinado a suspensão das interceptações, também sabia que o curto diálogo incendiaria o debate.

Explicando sua decisão de incluir o “evento 133”, que grampeou Dilma, Moro disse que “não havia reparado antes no ponto, mas não vejo maior relevância”. Pode-se fazer tudo por Moro, menos papel de bobo. Sua explicação ofende inteligência alheia, e a repercussão do gestou mostrou sua relevância.

O juiz tem tanta convicção de que está sempre certo que se julga incapaz de errar.

Nos seus momentos de tristeza, Lula costuma dizer que gostaria de assistir ao próprio funeral. Que os deuses lhe deem longa vida, mas lhe ofereceram um grande ensaio geral

de Elio Gaspari, na Gazeta do Povo

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