Enviado por Rogerio Distefano, que precisa urgentemente voltar a escrever seus torpedos – de preferência aqui mesmo:
“Agora não seria inútil, antes de terminar, tentarmos um rápido apanhado do ambiente moral dentro do qual chegamos a tais extremos.
Com o parlamento constituído em famélico sindicato de corretores, o peculato passara, com caráter definitivo, a ser o móvel essencial da administração pública.
Nenhuma medida era lançada, nenhum trabalho era empreendido, coisa alguma era aventada nos meios políticos e administrativos, que não partisse ou automaticamente não degenerasse num interesse privado certo e bem conhecido”.
Não se trata da república pós ditadura militar. É análise da presidência Washington Luís (1926-1930), derrubada pela Revolução de 1930. Transcrição de “A Política Geral do Brasil”, o clássico de José Maria dos Santos (1877-1954), lançado em 1930 (transcrito da edição 1989, pp 377/378, Ed. Itatiaia, São Paulo)