8:28Azeitonas

O verdadeiro presente que a ninguenzada gostaria de dar aos pulhas que, utilizando qualquer tipo de poder, chafurdam na lama para se beneficiar do dinheiro público – situação que resulta nesta de agora, a do colapso do sistema de saúde no Rio de Janeiro, só para citar um pequeno exemplo entre milhares, seriam azeitonas – nas testas deles. Claro que isso é uma imagem (espalhada pelo saudoso hebdomadário O Pasquim), porque violência não resolve nada, mas se no Bananão tudo vem apodrecendo desde que um português gritou “terra à vista”, e os primeiros a se lascar foram os índios que estavam aqui, o que fazer? Os poderes constituídos, onde, há sim, exceções que honram a missão, estão corrompidos; o povo, que paga tudo, não recebe o tratamento básico que merecia, conforme está escrito na Constituição, esta, que ao lê-la, nos parece ficção nos casos de Educação e Saúde. O Brasil é um país pobre, desigual até a medula, preconceituoso, ignorante e onde quem está instalado no andar de cima confunde poder e dinheiro com inteligência. São bestas quadradas, bestas feras que não enxergam um palmo diante do nariz e muito menos para dentro da própria consciência, porque não as tem, assim como alma. Azeitonas na testa. Que imagem! Pelo menos para assustar estes gárgulas que se movimentam e parecem humanos, que se alimentam da fé alheia, do sangue, da carne e dos ossos dos que acreditam em suas mentiras estudadas, vomitadas em discursos com palavras ocas, mas que soam bonito e os fazem até acreditar naquilo que leem. Eles vivem num mundo à parte, fornicam-se entre si em todos os sentidos, sem um pingo de sentimento, apenas com o propósito de se manter onde estão – mesmo porque também não pensam na possibilidade da azeitona, nem que seja perdida. Blindados pelo que os acadêmicos do gogó chamam de “conjuntura” de difícil mudança, têm olfato seletivo, não sentem o cheiro que vem de baixo – e vivem de forma sossegada nesta terra abençoada por…

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