por Ticiana Vasconcelos Silva

Eu vivo de paixões intensas e razões densas
Tenho por hábito ser desregrada e inspirada
Gosto de tudo o que é sutil e de tudo que não é vil
Rezo, meço, confesso e dilacero todas as inconstâncias de meu ser
Fito o horizonte e faço dele a minha sensatez
Gravito entre o amor e a solidão
Caminho por entre as margens dos devaneios lúcidos
Sou marginalizada pelos murmúrios dos sonhadores
Brinco com minhas sombras e as dissolvo na neve
Sonho com santos e anjos, mas não ignoro meus demônios
Pinto cores profundas em mentes rasas
Escrevo tudo o que sinto e sinto tudo o que escrevo
Já não me atenho a desfaçatez das banalidades
Mas faço de todas elas a minha verdade