19:23Não vivo sem!

Do blog Cabeça de Pedra

Foi numa curva da Transamazônica que me toquei. Estava viajando há algum tempo, sozinho, no jipão 4×4 – e nada da musiquinha tocar. Aquela que escolhi quando comprei o tal numa loja de shopping bacana. Encostei e revirei tudo. Nada. Comecei a ficar agoniado. O que seria de mim sem ele? Ouvi um rugido estranho ali perto. Vinha de dentro do paredão verde da floresta. Tô nem aí. E se aparecer um bicho? Como vou fazer? A fissura aumentou tanto que comecei a delirar. Eu quero! Eu quero! Gritei tão alto que juro ter visto uma arara se espantar. Entrei no carro e pisei fundo. Quatro dias depois, sem comer, cheguei a uma cidade grande e tratei de voar de volta para casa. Esbaforido, abri a porta como quem abre a do paraíso. Achei a maquininha em cima da mesa. Bateria cheia. Apertei os botões. Não havia nenhuma ligação para mim. Nem recado. Nada. Mas meu telefone celular estava juntinho do meu corpo. Como é bom!

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Uma ideia sobre “Não vivo sem!

  1. Sergio Silvestre

    Eu tenho também uma história de quando bebia umas no armazém do patrimônio Esperanças a 3 KM da fazenda São José.Era uma caminhada por dentro de uma mata virgem cheio de onças e de outros bichos e quando ia fazer compras lá na venda sempre voltava antes do escurecer por causas das onças que vinham brincar e urrar no areião depois da mata.
    Aquele dia fiz as compras e vi na vitrine uma gaitinha de boca e resolvi comprar ela para meu filho menor,mas como tomei mais umas escureceu,mas tinha uma lua bonita então resolvi arriscar ir embora.
    Quando cheguei em frente ao areião vi que as onças vinham todas saindo da mata e vindo para meu lado e sem saber o que fazer fui abrindo um buraco na areia e me enterrei só deixando o nariz de fora.
    Ai as onças foram chegando,urrando,namorando naquela bela lua,mas uma grandona que não queria nada com nada veio e sentou bem em cima do meu nariz.
    E a bicha era daquelas gordonas e comilonas e começou soltar umas bufas ebm fididas e eu já não em aguentava mais.
    Fui dando um jeitinho e peguei a gaitinha que estava no bolso da camisa e com mais um jeitinho enfiei no fiofó da onça.
    Não deu outra,na primeira bufada ela já soltou a “cidade de Matão’no que ela se assustou,também assustou as outras que sairão em disparada atrás da onça tocadora de gaita.
    Foi assim que eu me safei e fui embora na boa.

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