7:18Ricardo Barros, o Bolsa Família e o tiro no Ministério

No mesmo dia em que foi divulgado que o STF manteve aberto o processo em que é acusado de participar de um suposta fraude na prefeitura de Maringá, o deputado federal Ricardo Barros (PP), relator do orçamento da União para 2016 divulgou a seguinte nota onde manda um torpedo no Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome em relação aos números apresentados sobre o Bolsa Família. Barros defende o corte de R$ 10 bilhões no orçamento do programa. Confiram:

O site do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS informa os números de famílias atendidas pelo Programa Bolsa Família: 14 milhões de famílias beneficiadas, sendo consideradas 3,45 pessoas por família, somando 48,3 milhões pessoas beneficiadas no Brasil.

O corte de 35% representaria cortar 16,9 milhões de pessoas, sendo que o boletim publicado pelo MDS em 23/10/2015 informa que 23 milhões de pessoas ficariam fora do programa, alegando que o corte atingiria as famílias com maior renda mensal declarada, o que implica deduzir que há mais pessoas no programa com maior renda declarada do que pessoas com menor renda declarada. Isto por si só demonstra, ou a precariedade da informação ou a precariedade dos critérios para a concessão do benefício.

“A inconsistência na informação é de tal grandeza que dispensa mais comentários de minha parte”, afirma o Relator Geral do Orçamento 2016, deputado Ricardo Barros, que lamenta que o Governo pretenda combater sua proposta com desinformação.

Barros estudou o programa e assegura que muitos beneficiários não se enquadram na renda de até R$ 154,00 por pessoa e contesta a legalidade da Regra de Permanência de 2 anos no programa, para famílias que ganham até meio Salário Mínimo per capita.

Os 18,8 bilhões de reais que serão mantidos no OGU 2016 para o programa Bolsa Família, são mais do que suficientes para garantir o auxílio a todos os brasileiros que realmente precisam desta renda e para mais alguns milhões que receberão como complementação de renda, logo, nenhum brasileiro voltará para a extrema pobreza com este ajuste no programa.

“Não sou contra o Bolsa Família, mas estou convencido de que merece melhor gestão para ser mais justo com todos os brasileiros”, afirma Ricardo Barros.

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4 ideias sobre “Ricardo Barros, o Bolsa Família e o tiro no Ministério

  1. Leandro

    Não tenho procuração do Deputado, como também nunca votei nele, como também nem tenho nenhuma simpatia pela pessoa do Deputado, mas me parece que ele fez mesmo o estudo sobre a aplicação do Programa Bolsa Família, tão decantando em prosa e verso pelo Luis Inácio da Silva e pela Dilma Vana Roussef, uma vez que sempre disseram que esse programa tirava da pobreza milhões de pessoas.
    Pois muito bem, o Deputado está afirmando que é uma verdade este ponto de que muitos milhões de pessoas saíram da extrema pobreza com o programa isso pelo aumento de renda “per capita” dessas famílias.
    Agora com isso tem uma discussão e quem teria razão? O Governo que parece estar perdido em seus números e informa diferentemente dos dados do Ministério do Desenvolvimento Social ou o Deputado que relata os fatos de acordo com os dados que o Ministério lhe repassou.
    Nos parece que esta divergência trem uma característica um tanto estranha e deixa uma ponta de dúvida sobre a real finalidade do programa se é só para auxiliar famílias ou captar politicamente algo que não se encaixa nos fins do Bolsa Família.
    Uma outra constatação que pode ser uma imensa coincidência e de que sempre qualquer pessoa e em especial parlamentares que se posicionam contrários a uma das intenções governamentais, imediatamente já começa o bombardeio ou na imprensa ou com medidas judiciais, e aqui não estamos sequer tendo a pretensão de julgar se o Deputado está Certo ou errado no caso da aç~ies que ele responde no STF, mas que as coisas são estranhas são.

  2. Clint Eastwood

    Estes programas de renda mínima na sua essência eles são bons, mas não devem ter caráter permanente e sim transitórios. O País não é tão rico assim que possa financiar a vida de gente que pode mas se recusa a trabalhar. Países ricos do Primeiro Mundo como a Inglaterra e a Alemanha tem programas assim, onde milhões de pessoas vivem das benesses públicas sem a obrigação de trabalhar mas, são países ricos e desenvolvidos e o Estado é capaz de bancar tal tipo de benefícios. Pindorama apesar da sua idade ainda é um país em desenvolvimento, ou seja, ainda somos incapazes de dar à população benesses próprias de países ricos e desenvolvidos.

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