19:23Dormindo com o inimigo

Da coluna de Carlos Brickmann

O governador Geraldo Alckmin, PSDB, tentou ser discreto: durante quase um ano seus contatos foram mantidos em segredo. Mas um dia a história vaza. E O Estado de S. Paulo descobriu que Alckmin manteve longo e cordial encontro com dirigentes do MST, o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra, o que forma o tal “exército do Stedile” de que Lula falou. Seu principal interlocutor no MST é Gilmar Mauro – e foi por seu intermédio que o Governo tucano paulista investe, só neste ano, R$ 7 milhões nos assentamentos do grupo (“assentamentos” é a palavra bonita que se usa em vez de “invasões”).
Segundo Gilmar Mauro, Lula aprova a aproximação entre o MST e Alckmin. Por que desaprovaria, se a injeção de dinheiro paulista no MST vai reforçar o exército de Stedile?”

No Paraná, o governador Beto Richa escalou o  funcionário público Hamilton Serighele para cuidar das ‘relações’ com o MST e seu exército de invasores. Seu contato sempre é com Roberto Bagio, com quem tem mantido enorme parceria, tendo até sido candidato a deputado estadual pensando nos votos dos assentamentos.

E ninguém tem coragem de pedir a intervenção do Judiciário no Paraná como no episódio da fazenda 7 mil, em Jardim Alegre.

Agora é hora de por a casa em ordem: no próximo dia 8 haverá uma audiência pública em Brasília, na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, para analisar as invasões de áreas produtivas no Paraná – norte do Paraná (Usina Central do Paraná e Fazenda de Pesquisa Agropecuária em Londrina) mais a do grupo Araupel em Quedas do Iguaçu, Oeste do Estado.

Um dos convidados pelo requerimento do deputado Alfredo Kaefer (PSDB) é o tucano Beto Richa, que se nega a cumprir as reintegrações de posse, bem como o presidente da FAEP, Ágide Meneguetti, que como produtor de cana de açúcar sabe o que significaria uma empresa como a Usina de Açúcar e Álcool de Porecatu funcionar a pleno vapor, mas é impedida pelo MST.

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