Não funciona assim. Em Conchal, no interior de São Paulo, um homem teve a prisão preventiva decretada porque furtou três sorvetes (R$ 19,50). Foi encarcerado junto a todo tipo de bandido. Foi preciso o Tribunal de Justiça de São Paulo conceder liberdade provisória depois de impetrado habeas corpus pela Defensoria Pública. No Bananão é muito comum tal tipo de ocorrência. Há alguns anos uma mulher ficou seis meses presa em Paranaguá porque não tinha dinheiro para comprar comida para o neto e foi pega roubando um salaminho. Aí a ninguenzada liga a televisão e fica vendo e ouvindo ladrões do dinheiro público desfilando com a maior cara de pau e se dizendo defensores de todos enquanto engordam as contas secretas com o que tiram da Saúde, da Educação, etc.
A diferença é que quem da a sentença do pobre são os estagiarios da justiça, e os ladrões com grana tem acesso ao poderosos que dão um jeitinho para que eles sejam soltos.