21:40O PP e a flor de cemitério

Para quem prestou atenção na entrevista de Francisco Dornelles (PP), vice governador do Rio de Janeiro, à revista Veja, em dado momento ele adentra ao Paraná na questão do envolvimento do partido no Petrolão e em outras frias. Confiram:

“Nossa posição é delicada, e o PP está abalado. Mas costumo dizer que partido político é como um buquê: tem rosa, cravo e flor de cemitério. Há pessoas no PP pelas quais eu não ponho a mão no fogo; por outras talvez não. Quando Severino Cavalcanti ganhou a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, em 2005, o PP reivindicou uma diretoria na Petrobras. Aí, gente do próprio governo federal sugeriu que o partido apadrinhasse Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento e delator do esquema na estatal). O José Janene (então líder do partido na Câmara, morto em 2010) topou. Aliás, quando eu era ministro do Trabalho de FHC, o Janene me indicou três conhecidos, que tive de afastar, um depois do outro, porque estavam vendendo facilidades. O quarto acabou preso pela polícia. Este nasceu assim, irresponsável. No caso da Petrobras, os desdobramentos foram inacreditáveis. Só espero que não haja clemência com ninguém na Operação Lava-Jato. Quem tem culpa precisa pagar.”

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2 ideias sobre “O PP e a flor de cemitério

  1. Tanso

    Interessante seria pesquisar os nomes dos indicados pelo Janene para o Ministério do Trabalho (os que vendiam facilidades).

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