Toda a sujeira que de uns tempos pra cá, dia sim e no outro também, vem sendo apresentada para o distinto público brasileiro, ou seja, aos que têm acesso à informação, apesar do jogo de interesses que também existe nisso, e faz algum sentido para os que entendem um pouco do que leem, constitui num grande passo nesse letárgico caminho democrático em que o país se arrasta desde o fim da ditadura militar. Os que se acham espertos radicalizam em duas vertentes de abduzidos – os da esquerda e os da direita, como se os que estão e estiveram no poder neste tempo fossem mocinhos que só pensam no bem na nação. A diferença é que antes não houve prisões de ex-ministro, parlamentares e, principalmente, de grandes empresários como agora – e isto seria um excelente tema de discussão porque sempre houve a podridão materializada na propina, a roubalheira. O modus-operandi, como dizem, é que mudou e, provavelmente, o grau da loucura que surgiu pela facilidade de se enfiar a mão no jarro do dinheiro público. No Brasil a turma do andar de cima é burra, gananciosa e explora até o osso a do andar de baixo, que é ignorante (não no termo pejorativo) e passiva e mantida assim pelo que se convencionou chamar de “sistema” (o assassinato da Educação pública é a base disso). Os nhonhôs mandam e desmandam e a turma da senzala obedece porque acha que estes senhores do poder sabem mais. Portanto, há esperança quando um tico do que realmente faz a bandidagem perfumada começa a aparecer. No mínimo serve de alerta para os que querem tomar conta da grande taba na sequência. Portanto, palmas para os federais do Ministério Público, Polícia e Justiça.