8:13No tempo em que o Paraná de Requião era “assim” com a Venezuela de Chávez

Um curioso foi aos arquivos e resgatou a informação de que no final de novembro de 2005 o então governador Roberto Requião levou para a Venezuela uma comitiva com 80 empresários paranaenses e anunciou negócios de US$ 115 milhões com o governo de Hugo Chávez. Entre outras coisas, Requião, bolivarianista de primeira hora, informou o seguinte a Chávez: “O Porto de Paranaguá passa a ter um regime preferencial de atracagem de navios da Venezuela e o Paraná poderá comprar toda a uréia produzida do país. Em troca, o Paraná se compromete a transportar ao país sul-americano apenas soja não-transgênica. A Venezuela não quer soja transgênica”. Resta saber o que vingou de tudo isso, mesmo porque, como se sabe, aquele país, agora sob o comando de Nicolás Maduro, está matando cachorro a botinadas. Confiram as informações:

 

Paraná fecha na Venezuela negócios de US$ 115 milhões

Após cinco dias em missão governamental e empresarial à Venezuela, o governador Roberto Requião e a comitiva de empresários retornam ao Paraná neste sábado (19) com o anúncio de negócios iniciais de US$ 115 milhões fechados entre os 80 paranaenses e os venezuelanos. “Esta foi a missão com o maior volume de negócios iniciais fechados já realizada pelo governo do Paraná”, disse Requião. “Em 150 encontros nas rodadas de negócios, em apenas dois dias, quase superamos o total de todas as exportações paranaenses para a Venezuela em 2004, de US$ 121 milhões”, comparou.

Ao lado da missão empresarial, o governador também apresentou os resultados políticos do encontro que teve com o presidente Hugo Chávez. “Ao todo 27 acordos de cooperação técnica foram estabelecidos para a oferta de políticas públicas do Paraná para a Venezuela. O pedido feito pelo presidente Hugo Chávez será atendido por nosso Estado e devemos também unir os demais Estados do Codesul (RS, SC e MS) neste processo de integração e desenvolvimento”.

Entre as principais ações dirigidas com a Venezuela, os destaques para programas públicos de saneamento, habitação, agronegócio, educação, cooperativismo, tecnologia e meio-ambiente, explicou Requião.

Portos – O governador também estabeleceu um regime especial entre os Portos de Paranaguá e do Puerto de Cabello, da Venezuela. Junto com o presidente Hugo Chávez, Requião ressaltou as potencialidades econômicas no setor marítimo nesta parceria. “O Porto de Paranaguá passa a ter um regime preferencial de atracagem de navios da Venezuela e o Paraná poderá comprar toda a uréia produzida do país. Em troca, o Paraná se compromete a transportar ao país sul-americano apenas soja não-transgênica. A Venezuela não quer soja transgênica”.

Segundo o governador, a integração econômica efetiva entre os empresários paranaenses e venezuelanos passa ainda por investimentos comuns em infra-estrutura. “Ficou claro que precisamos de um melhor sistema de logística para apresentarmos um preço mais competitivo aos empresários da Venezuela . Temos o intuito de garantir oportunidades de negócios para os dois lados e acreditamos inclusive na abertura e instalação de empresas do Paraná na Venezuela e vice-versa”, avaliou.

Nas áreas de indústria e comércio, o Paraná vai transferir tecnologia visando o aumento da competitividade das cadeias produtivas da Venezuela. “Vamos gerar o desenvolvimento dos Arranjos Produtivos Locais (APLs), do empreendedorismo regional e desenvolvimento de aliança internacionais e para o Mercosul”, disse o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho.

Nova missão – Em dois encontros com o governador, o presidente Chávez aproveitou a missão paranaense ao país para anunciar que aceitou o convite de Requião para visitar o Paraná no primeiro trimestre de 2006. Foi acertada também uma missão da Venezuela ao Paraná para o próximo ano.

De acordo com o coordenador de Assuntos Internacionais e do Mercosul, Santiago Gallo, a Venezuela passa agora a fortalecer o chamado eixo da Aliança Bolivariana (Alba) que une os países do Brasil, Venezuela e Argentina, com ações voltadas em contra-ponto com a Alca. “Como disse Requião, a Venezuela não é um mercado, mas um país solidário, fraterno e complementar”, afirmou.

A partir desta missão, acrescentou Gallo, a Secretaria da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul passa a liderar um grupo de trabalho conhecido como “comitê de pilotagem”, que irá atuar junto com as entidades privadas e públicas na implementação das ações assinadas na Venezuela.

Surpresa – Em sua segunda missão internacional ao lado do governo estadual, o empresário Luis Fernando Kuns, da Unike Brazil, de Curitiba, contou a sua surpresa que teve sobre o potencial de vendas na Venezuela para o seu setor de bijuterias. “Foi muito além do esperado e acredito ter sido para a maioria dos empresários presentes na missão para a Venezuela. Além da aceitação do produto que será vendido em butiques de Caracas, percebi que a economia do país está crescendo e tenho inclusive a possibilidade da parceria para um centro de distribuição no país”, contou.

Entre os principais produtos exportados pelos empresários paranaenses à Venezuela estão frango, automóveis, tratores e óleo de soja. Dos produtos importados da Venezuela, figuram a areia, produtos químicos e transformadores elétricos.

Esta é a 22ª missão internacional realizada pelo governo do Paraná e, mais uma vez, o Paraná aposta no mercado sul-americano, considerado em franco crescimento.

Entre as instituições participantes da missão estão a Associação dos Produtores de Álcool e Açúcar do Paraná (Alcoopar), Companhia de Informática do Paraná (Celepar), Sanepar, Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), Sociedade Rural do Paraná (SRP) e Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). Das empresas privadas, diversos setores participaram como confecções, plásticos, acessórios automotivos, transporte, alimentos, produtos químicos, serviços, agronegócios e construção civil.

Fonte Agência Estadual de Notícias
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12 ideias sobre “No tempo em que o Paraná de Requião era “assim” com a Venezuela de Chávez

  1. Sergio Silvestre

    O negocio é mudar o foco,brincadeira,o estado fervilhando e caçando os amigos do Beto Richa e vem requentar coisa de trocentos anos atrás que nada tem a ver com o momento atual.Qual o peso da Bolívia e Venezuela na ordem natural das coisas?.

  2. Wagner

    Silvestre é como esses crentes de igreja neopentecostais, acreditam em tudo que o pastor fala…

  3. Sergio Silvestre

    O Zé Beto,acho que temos de parar e deixar os Venezuelanos e Bolivianos tocarem seus países.e nós aqui tocar o nosso.
    Sei que para satanizar uma pessoa basta ser desafeto da imprensa,mas se queremos ter um povo e um Pais,deveremos erguer bandeira branca e unir as forças para salvar o que foi conquistado.
    As vezes eu tiro a viseira para limpar as cuspidas que me dão quando estou atrás,mas não me iludo com aquilo que leio,pois vivemos uma ditadura monetária onde o dinheiro fala bem mais alto do que a informação que eu gostaria de ter,uma informação seria.

  4. Zé Beto Autor do post

    não vou discutir com você silvestre. não tenho saco. quando você quiser, como sempre fez, pode ficar cacarejando sobre os outros países também.

  5. Sergio Silvestre

    É uma deformação pictoresca,aproveite a falta do saco e faça dessa parte do corpo um lugar prazeroso.
    .

  6. Franco

    Não consta que a Venezuela seja prejudicada pelas postagens da imprensa brasileira.
    O problema daquele país é uma ideologia fanatizante, levada a cabo por caudilhos do papel higiênico, que só teve sua chance histórica porque a política “ordeira” faliu e se aliou ao narcotráfico….
    É mais um símbolo do fracasso de um sistema que se pretende libertário e justo, mas – no fim das contas – só troca as elites e aumenta a desgraceira geral.
    Ah. Já sei: ” a culpa é da imprensa, da globo, do Obama, dos Iluminati, do clube de Paris, da OTAN, da Veja, do FHC, da crise mundial, do ódio, dos coxinhas, dos militares, da CIA, do dólar, do euro, do Quartel do Boqueirão, do embargo… etc etc etc”.

  7. Antonio Vier

    pimenta nos olhos dos outros é refresco, desde quando os pecaminosos negócios com Bolivia e Venezuela são de trocentos anos atras? Refinaria de Abreu Lima que seguidamente nos presenteia com algo novo que o diga sem falar nas estatizações e calotes que a todo momento nos dão. também não podemos esquecer que perdoamos muito das dividas deles conosco. não é lindo isso? e honesto também? ahh e conveniente .

  8. Sergio Silvestre

    Ta vendo,ainda falam de papel higiênico quando lavar o Forever é a coisa mais saudável e não da hemorroidas,e lá tem o lago Maracaibo com muita água para lavar a bunda.

  9. juca

    A culpa também é do Juca,o verdadeiro, do Leandro, de todos que contradizem as opiniões do Silvestre e seu clone o Toledo que anda meio sumido. Rua Piauí.

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