O senador brasileiro Roberto Requião (PMDB/PR) ainda não se pronunciou sobre a Lei Habilitante “anti-imperialista”, a que dará ao presidente Nicolás Maduro, da Venezuela, o direito de governar por decreto em temas que ele decidir ser de segurança nacional. Requião sempre foi um defensor do governo bolivariano daquele país, mas faz muito tempo que não se manifesta a respeito. Talvez se entusiasme agora, ao saber que um dos artigos do texto deste “avanço democrático” é “proteger o povo dos fatores internos dirigidos a perturbar ou distorcer a produção, o comércio e o sistema socioeconômico e financeiro”, um sonho que sempre acalentou em seus discursos como governante paranaense onde se pautou, nos discursos, em trilhar o caminho da opção preferencial pelos pobres. Se o ex-governador juntar lé com cré, vai perceber que os motivos que levaram Maduro a impor esta última medida, com aval de um Legislativo “independente”, pode estar acontecendo no Brasil. Isso deveria levá-lo a sugerir à presidente Dilma Rousseff a seguir os passos do sucessor do saudoso, para ele, Requião, Hugo Chávez. O incêndio, então, se tornaria incontrolável.