Depois da muvuca escalafobética de quinta-feira, o deputado Ademar Traiano, presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, anunciou que vai encaminhar projeto no sentido de acabar com a tal “comissão geral”, ou seja, o mecanismo abre as porteiras para o tratoraço a fim de votar em regime de urgência tudo o que o Executivo quer e manda. Hummmmmmmmmmm. Foi com tratoraço que no final do ano passado os nobres parlamentares um pacotaço de aumento de impostos que ainda está para ser sentido pelos paranaenses. Antes, tal prática foi utilizada muitas e muitas vezes. Não se sabe se a vontade de Traiano vai ser transformada em fato concreto, ou seja, a extinção da prática, mas o susto causado pelos aloprados que derrubaram grades, invadiram o plenário e, depois, o espetáculo patético dos deputados chegando de camburão e a inoperância do esquema montado para garantir a realização da sessão, já que houve uma invasão maior, isso tudo pelo menos serviu para que eles finalmente pensem direito sobre esta prática de avalizarem e atocharem o que o Executivo bem entender goela abaixo da ninguenzada. Se a informação passada por Traiano faz parte de uma tática de despiste, para que os ânimos se acalmem, isso será conferido depois. A atitude é positiva, sim, mas se junta a inúmeras dos poderosos de plantão, quando estes resolvem tomar medidas para evitar tragédias depois que uma aconteceu. A verdade, sempre, é que antes da porta arrombada eles não estavam nem aí.