7:46A bola murcha do Bola Cheia

Se a ninguenzada da Vila das Torres for para as ruas na segunda-feira por causa da degola de professores que inviabiliza a escola em tempo integral que ali existe, com certeza a Polícia Militar vai atuar para preservação da ordem. A situação, se ocorrer, vai colocar em evidência o secretário de Segurança, Fernando Francischini, delegado da Polícia Federal. Isso pode refrescar a memória dele que, quando titular da Secretaria Antidrogas Municipal, na gestão do então prefeito Beto Richa, criou o Bola Cheia, um programa cujo objetivo era, segundo a explicação oficial,  “encher a bola de crianças e adolescentes com boas perspectivas de futuro. Limpo, sem drogas. A fórmula é simples: esporte, lazer, cultura e cidadania, atividades saudáveis que essa faixa etária aprecia e que abrem oportunidades de convivência social, autoestima e promoção de valores éticos e de cidadania”. Beleza, não? Pois ali na Vila das Torres a bola murchou faz tempo, Francischini alçou outros vôos e, agora, se bobear, pode aparecer lá no comando das tropas. Em novembro passado, depois de eleito deputado estadual, Felipe Francischini, filho do delegado, disse em entrevista à Gazeta do Povo que pretende recriar o programa, agora para o Estado todo. Hummmmm. A turma da vila ficaria feliz se pelo menos ali a coisa voltasse a funcionar, junto com a escola. Assim, afastaria a ideia de que, para variar, tudo não passou de mais uma jogada para amealhar votos. 

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Uma ideia sobre “A bola murcha do Bola Cheia

  1. Professor Xavier

    Se a bola não está cheia nem em um lugar só, imagine quando ela ficará cheia no estado todo. Odeio demagogia barata. E cara também.

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