por Claudio Henrique de Castro
O Brasil tem “ene” definições feitas por sociólogos, historiadores, todo tipo de doutores, literatos, jornalistas e tantos que pensam em radiografar a alma do nosso país.
A brasilidade é uma mistura que tem na sua composição o carnaval, o futebol, a música, as comidas típicas, as cachaças, o jogo de cintura e o jeitinho.
E os valores morais e éticos, quais são os nossos preferidos?
Numa palavra: o perdão.
Em outra: o jeitinho.
O perdão de tudo e a todos, o perdão que vem das entranhas do catolicismo, de todas as mazelas históricas que passaram e passamos. O perdão nos faz rir, nos faz chorar, nos trás a impunidade, nos traz o esquecimento dos escândalos – que se sobrepõem.
Podemos construir uma nação vitoriosa? Podemos pisar na Lua? Podemos povoar Marte? Podemos colocar um satélite num asteroide? Sim, podemos.
O que nos falta? Vergonha na cara, um Estado sem corrupção, um povo educado e cioso de progresso? Falta-nos ordem, falta-nos o progresso, falta-nos infraestrutura, falta-nos Educação de excelência?
Falta-nos estadistas? Falta-nos um São Sebastião, que irá nos curar todos os nossos males? Falta-nos a reflexão de onde queremos chegar e de quanto representa a coletividade próspera sobre as individuais?
O Brasil é um político empossado por uma medida judicial, com milhares de votos e com um mandado de prisão pela Interpol?
O Brasil é a maior empresa brasileira repleta de contratos duvidosos e superfaturados? É a preocupação com o 13º terceiro e as festas do final do ano e o Carnaval?
O Brasil é um sonho individual? Um sonho de não passar mais fome, de não ter privações, de conseguir chegar lá, sabe-se lá o que represente isso.
Onde estão nossos sonhos coletivos? Na política? No Congresso Nacional? Nas leis e no Poder Judiciário? De algum dia se ter uma sociedade justa e democrática?
Um Brasil geográfico, um gigante territorial, um todo constituído pela maior biomassa e biodiversidade que o mundo conhece na Amazônia legal?
Outro Brasil, o histórico é uma alternância de imperadores, monarcas, ditadores civis e militares, num breve e curtíssimo período de democracia.
Finalmente, um Brasil, país do futuro, que está por vir, e ainda não veio, e que dezenas de gerações aguardam o seu despertar pujante.
Ainda não sabemos o que é o Brasil, mas sabemos que podemos fazer dele o que quisermos, basta-nos um projeto nacional de prosperidade, envolvido em valores éticos e morais.
*Claudio Henrique de Castro é advogado e professor de Direito
Boa Claudio. Resumindo sob o ponto de vista social e econômico, poderia dizer que isso é um grande emaranhado de virtudes e defeitos. O Professor, Mestre, Doutor e Escritor, Paschoal Rosseti já a muitos anos e m uma de suas obras técnica que ensina em universidades sobre a introdução à economia já falava dos desequilíbrios regionais do Brasil, mas isso a mais de 30 anos e lá o comentário e a matéria do livro versava sobre esses desequilíbrios sob o ponto de vista Econômico-Social. De lá para cá a coisa foi mudando e hoje vemos os desequilíbrios regionais acentuados e agravado com desequilíbrios morais, basta ler os jornais e assisti-los na TV que podemos constatar essa verdade.
Obrigado, abraço Leandro ! Abraço a todos que me enviaram e-mails e debateram as questões acima expostas.