15:28Amém ou vade retro?

Do analista dos Planaltos

O Hospital Evangélico está sob intervenção porque finalmente uma alma lúcida percebeu que a coisa estava insustentável. O juiz Eduardo Milléo Baracat talvez tenha mais trabalho para pavimentar seu caminho para o céu em razão das orações que deixará de receber por parte das congregações cristãs que lideram desde sempre a administração da unidade de saúde – e a estavam levando ao brejo. É esse mesmo pessoal – pastores, bispos, reverendos, presbíteros – que gasta milhões para pagar espaços na televisão e construir templos nababescos. Com certeza, esta turma tem a firme convicção de que a cura para todos os males pode ser transmitida por ondas televisivas ou em cultos histriônicos, e não nos leitos hospitalares. Se não for isso, o que explicaria que o conjunto das igrejas evangélicas do Paraná, com seu alto faturamento, deixou um hospital tão importante chegar nesta situação de penúria? E o que diriam desta gente os 936 benfeitores que deram início ao Evangélico no final dos anos de 1940 e têm seus nomes gravados na toalha que decora a mesa das reuniões do Conselho de Administração, amém ou vade retro?

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3 ideias sobre “Amém ou vade retro?

  1. Franco

    Caro missivista.
    É digna a indignação.
    Mas, só lembrando que as tais entidades evangélicas que (mal) administram o HC, NÃO são as mesmas da TV (Universal, RR Soares, Mundial etc etc).
    Só esclarecendo.

  2. Professor Xavier

    Zé, favor não confundir as coisas, um é templo e outro é hospital. O que dá dinheiro é templo, não hospital.

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