9:51Abre e fecha

Graças a Deus o pronto socorro do Evangélico reabriu para atendimento de quem precisa. Já os vereadores evangélicos da Câmara Municipal fecharam questão e o dinheiro público vai mesmo continuar financiando a Marcha para Jesus.

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Uma ideia sobre “Abre e fecha

  1. Vinhoski

    Sou um descrente, e acho que recurso público gasto em marcha de religiosos é um desatino que beira o peculato, e uma imbecilidade quando se equipara às necessidades do município como vagas em creches e escolas municipais.

    Percebe-se que o lunatismo da bancada evangélica é estritamente eleitoreiro, pois marchas e outras gabolices dão retorno nas urnas, enquanto que atender um pedestre atropelado, não.

    Neste sentido, de se perpetuar no poder público, de se locupletar de todos os meios para sua permanência em funções públicas, não podemos enviesar críticas contra eles, pois percebe-se que o sectarismo religioso é a conduta destes nobres cidadãos e o objetivo fim de suas ações.

    Um futebolista eleito daria isenção de impostos para donos de clubes de desportos, empresários eleitos fariam com que a região/atuação de suas empresas sejam mais beneficiadas do que outras com as ações públicas, e assim por diante. É o sectarismo in praxis; que alguns chamam de corporativismo, outros de “matilha”; enquanto que a _res publica_ fica ali, na fila, de madrugada, aguardando a ‘chance’ de ser atendida, assistida, ouvida.

    O interesse público, este conceito tão mesclado com os bolsos de quem legisla, com os vícios de que os define, e com o bom senso de quem os legaliza, é algo de conveniência, é amoral mas não ilegal,…

    As vistas grossas que fazemos para isso (sem considerar que existem outras matrizes religiosas que podem pleitear a mesma benesse), é sinal de uma sociedade ainda juvenil na sua percepção do que representa uma sociedade democrática e justa. Talvez possamos dizer que seja um sintoma de imaturidade, e se assim for, é necessário que alguém diga: menos simpatia, mais empatia.

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