Do enviado especial
A sessão da Comissão de Constituição (CCJ) e Justiça da Assembleia teve momentos impagáveis hoje. Começou quando o deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), que atravessa uma fase aguda de filo-petismo, questionou uma proposta que concedia título de cidadão benemérito para o juiz Sérgio Moro, o homem que detonou o Petrolão. Romanelli questionou a proposta:
– No mínimo teríamos de conferir se esse juiz tem interesse na homenagem.
O presidente da CCJ, deputado Nélson Justus, discordou:
– Em todos os meus anos na Assembleia nunca vi alguém consultar o homenageado se ele deseja a homenagem…
O deputado Fernando Scanavaca (PDT) entrou na polêmica, lembrando que a outra proposta de homenagem (cidadania honorária) era para o Papa Francisco:
– Romanelli! Como é que você pretende questionar o Papa Francisco sobre se ele quer ser homenageado? Vai ligar para o Vaticano? Vai mandar um Whatsapp?
Fulminado pela objeção, Romanelli só pode rir.
O filo-petismo dura até ele e sua trupe serem “abençoados” com uns carguinhos…
Que será que os pretensos homenageados pensariam dessa erudita e percuciente argumentação entre um gafanhoto e um furacatraca?