de Manoel de Barros
Sou leso em tratagens com máquina.
Tenho desapetite para inventar coisas prestáveis.
Em toda a minha vida só engenhei
3 máquinas
Como sejam:
Uma pequena manivela para pegar no sono.
Um fazedor de amanhecer
para usamentos de poetas
E um platinado de mandioca para o
fordeco de meu irmão.
Cheguei de ganhar um prêmio das indústrias
automobilísticas pelo Platinado de Mandioca.
Fui aclamado de idiota pela maioria
das autoridades na entrega do prêmio.
Pelo que fiquei um tanto soberbo.
E a glória entronizou-se para sempre
em minha existência.
PLATINADO DE MANDIOCA – Em 1971, tava eu indo de Terra Roxa prá Santa Isabel do Ivai exibindo meu primeiro carrinho um fusquinha 1.200, 65, comprado fiado depois devolvido por inadimplente. Todo o trajeto em terra, menos uns quinze kms de Iporã a Umuarama. Perto de Francisco Alves, passei numa poça, o carro “morreu”. Encostou um caminhão, o caminhoneiro entrou no mandiocal na beira da estrada, arrancou um pé, cortou uma e arrancou aquele “barbante” que atravessa a raiz do tubérculo. Abriu o capô do “manchinha” e trocou o cabo do distribuidor por aquele talo da mandioca. Mandou dar partida e ir embora prá eu desempatar a estrada que ele queria passar com a sua carga de porcos.
Já que estavam encalhados,com uma plantação de mandiocas ao lado e um caminhão de porcos do outro,que tal fazer uma fogueira e os dois meninos (na época)fazerem uma festinha rural de porco frito com mandioca assada,
Silvestre, o Parreiras é bem usado, ele é do tempo que a Pça Osório tinha cerca. Mas desde então ele só entrava a direita?