Do Analista dos Planaltos

A derrota da senadora Gleisi Hoffmann (PT) na disputa para o governo do Estado, com apenas 14% dos votos, muito abaixo do candidato do partido em 2002, o Padre Roque (PT), que fez 17%, sem contar com o empenho da base e dos líderes partidários. A diminuição da bancada estadual e federal do partido, com a não eleição dos ex-líderes Luciana Rafagnin e Angelo Vanhoni, mais a recente divulgação do depoimento do doleiro Alberto Youssef e o delator Paulo Roberto Costa afirmando que forneceram 1 milhão de reais do desvio da Petrobras para Gleisi Hoffmann (PT) e Paulo Bernardo para a campanha de 2010, trouxe profundo desânimo para a militância petista. Nem mesmo a vitória apertada de Dilma Roussef (PT) reanimou a tropa.

Sabendo que perderam cargos na estrutura do poder legislativo, que terão de entregar cargos federais para os outros partidos para manter a governabilidade, além do fato de Gustavo Fruet (PDT), prefeito aliado de Curitiba, estar lutando para conter gastos com a pretensão de reduzir o número de secretarias e funções gratificadas, vêem as possibilidades futuras de cargos na burocracia estatal diminuir.

Pior: sabem que os poucos espaços continuarão sendo ocupados por apaniguados do casal Paulo Bernardo (PT) e Gleisi Hoffmann (PT), que dominam o diretório estadual do Paraná, com a corrente majoritária.

O advogado Wilson Ramos Filho,  o “Xixo”, que criticou na imprensa a senadora Gleisi  por ela ter atribuído a exclusiva responsabilidade ao partido por sua derrota, juntamente com a vice-prefeita Miriam Gonçalves (PT – tendência Construindo um Novo Brasil), sua ex-mulher, parece que ainda são a única ponta de esperança para alguns que ainda sonham  com o renascimento do partido no Paraná.

Por isso, um petista graduado reescreve Che Guevara e afirma: “Há que esmorecer, mas perder a esperança jamais”.