por Wagner Rocha D’Angelis*
Desde a juventude encontro-me engajado na tarefa de fazer do Brasil um país melhor, mais igualitário, solidário e democrático. Combati a ditadura em várias frentes de luta. Com o fim do regime ditatorial, continuo lutando pela dignidade do ser humano e contra as desigualdades sociais embutidas na democracia formal que emperra o futuro do país.
Lamentavelmente, sinto-me frustrado ao observar as várias “democraduras” que tomam conta hoje da América Latina – e o Brasil se inclui. São governantes populistas, que sofrem de um delirante ‘esquerdismo’ obsoleto, e quais déspotas ‘esclarecidos’ insistem em governar por decreto e impor políticas meramente assistencialistas. Repetem sempre que o poder reside no povo, mas querem um povo de analfabetos funcionais para evitar que saibam escrever a própria história.
No último dia 28 de outubro, naturalmente que unicamente por demonstração de força e reafirmação de poder, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto do DEM que derruba o Decreto presidencial 8.243, que institucionaliza uma política nacional de participação social (conselhos, comissões e conferências). Digam o que quiserem os adeptos do continuísmo partidário, mas o governo mereceu!
Enquanto a democracia nacional estiver assentada em Três Poderes, há que haver respeito e diálogo entre eles. E o Executivo não pode pretender oficializar medidas consideradas participativas por métodos antidemocráticos.
Condeno o fundamentalismo partidário (de direita e de esquerda) e sou contra a tentativa de se plasmar uma ditadura de pensamento único no país. Quero governos e políticos defendendo verdadeiramente o povo, e não fazendo proselitismo barato e contabilizando votos de analfabetos políticos.
Acredito no Brasil, mas luto para que ele seja mais justo e com qualidade de vida para todos. Aposto na democracia, mas sem circo para os pobres e sem reeleição para presidente.
Irmanados construiremos um país melhor!
*Advogado e professor universitário; mestre e doutor em Direito
Parabéns, mestre D’Angelis acredito que 80% da população brasileira concorda com o senhor, queremos a manutenção da democracia verde e amarela com poderes independentes e não adjetos do executivo. E também, sem mácula vermelha em nossa bandeira.