O jornalista Rogerio Galindo, do blog Caixa Zero, da Gazeta do Povo, captou a seguinte mensagem no Jornal da Cultura quando, questionado sobre o pagamento do auxilio-moradia, o desembargador José Roberto Nalini, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, defendeu a coisa da forma esclarecedora que se segue:
“Esse auxílio-moradia na verdade disfarça um aumento do subsídio que está defasado há muito tempo. Hoje, aparentemente o juiz brasileiro ganha bem, mas ele tem 27% de desconto de Imposto de Renda, ele tem que pagar plano de saúde, ele tem que comprar terno, não dá para ir toda hora a Miami comprar terno, que cada dia da semana ele tem que usar um terno diferente, ele tem que usar uma camisa razoável, um sapato decente, ele tem que ter um carro.
Espera-se que a Justiça, que personifica uma expressão da soberania, tem que estar apresentável. E há muito tempo não há o reajuste do subsídio. Então o auxílio-moradia foi um disfarce para aumentar um pouquinho. E até para fazer com que o juiz fique um pouquinho mais animado, não tenha tanta depressão, tanta síndrome de pânico, tanto AVC etc
Então a população tem que entender isso. No momento que a população perceber o quanto o juiz trabalha, eles vão ver que não é a remuneração do juiz que vai fazer falta. Se a Justiça funcionar, vale a pena pagar bem o juiz.”
Vá la…
O cara é desembargador na cidade de Sumpaulo, que tem o custo de vida mais alto da américa latina, pode ser até que o salario nao atenda as “””grandes””” necessidades de um desembargador, o que pode gerar uma tristeza profunda (que dó)..
Mas e um juiz da comarca de Salto do Lontra, por exemplo, não deve gastar mais do que 5 mil por mês para ter uma vida tranquila, será que os outros 20 mil não servem para ele pagar a parcela do carro, fazer viagens nas enormes férias do judiciario e comprar ternos para usar um diferente a cada dia?
Ele precisa de mais 5 mil por mês pra fazer isso?
Nem para juizes essa justificativa cola. Quanto mais para esses “assemelhados” por aí que não cumprem expediente, estão cheios de assessores, são vitalícios e são indicados politicamente… Nem conselhos bons eles dão…