Os quase 34% de votos de Aécio Neves que o levaram a disputar o segundo turno para a presidência com Dilma Rousseff (PT), que fez 42%, sinalizam um mano a mano que vai fazer tremer o país – para o bem e para o mal. O senador mineiro surpreendeu até os mais otimistas. Se beneficiou da queda vertiginosa de Marina Silva, alvo da pancadaria do PT que o deixou de lado talvez pensando que ele seria adversário mais fácil no segundo turno, por conta dos resultados das pesquisas até duas semanas atrás. O quadro de clareou de uma maneira que deve ter assustado os detentores do poder, mesmo porque, ao que parece, a maré de votos de Aécio provavelmente foi alimentada pelo voto útil, ou seja, dos descontentes com a situação em que o país se encontra. Com tempos iguais na tv, a disputa será feroz. Aécio leva a vantagem de estar em ascensão, mas isso em campanha pode mudar, como nuvem na política. Resta saber também para onde vão os votos conferidos a Marina Silva, que podem decidir a parada. Ela, pelo que consta, sinaliza apoiar o tucano, mesmo porque ainda está ferida pelos ataques que sofreu. Do outro lado, Lula vai aparecer mais para tentar manter no poder quem criou e, mais que isso, o partido que nunca escondeu seu projeto de ficar décadas no comando do país. A conferir.