14:34E agora?

Ao saber que o Waldo X-Picanha Prime está entre as quatro lanchenetes que caíram na operação da Polícia Civil que implodiu o serviço de “delivery de maconha e cocaína”, um frequentador do local perguntou: “E agora? Onde vou comer o meu sanduba preferido – o ‘Laricão”? 

Leia a reportagem do G1 Paraná:

Polícia diz que quatro lanchonetes de Curitiba tinham ‘delivery de drogas’

Ao todo,dez pessoas estão presas; usuários eram considerados vips.
Encomenda era levada para a casa do usuário via motoboy.

A “Operação Salgueiro”, da Polícia Civil do Paraná, aponta que quatro lanchonetes de Curitiba ofertavam, além de refeições, o serviço de “delivery” de drogas. O cliente ligava para o estabelecimento, pedia sanduiches e também recebia em casa maconha e cocaína. A investigação, coordenada pela Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), durou sete meses e, ao todo, dez pessoas estão presas. Há ainda uma casa noturna, que ficava ao lado de uma das lanchonetes, que também vendia os entorpecentes para os frequentadores.

Segundo a polícia, as lanchonetes Opção Bar, Bar do Matoso, Bar do Amarelino e Waldo X-Picanha Prime praticavam a ilegalidade. O Waldo X-Picanha Prime, inclusive, foi alvo de uma ação da polícia na noite de quarta-feira (24). A casa noturna citada na operação é a Purple Hills. Cinco pessoas foram presas. Todos os estabelecimentos foram fechados, segundo a polícia. Os locais possuíam ainda pendências administrativas como irregularidades em relação à vigilância sanitária e problemas de alvará.

O primeiro local a ser fechado, segundo a delegada, foi o Opção Bar, em maio deste ano. Os outros lugares também entraram no esquema porque tinham envolvimento com o gerente do Opção Bar.  “A investigação começou a partir de denúncias da região central da capital, e os estabelecimentos, além de venderem seus lanches, eram utilizados como ponto de fachada para venda de droga”, disse a delegada Camila Cecconelo. Segundo ela, as pessoas que faziam uso do “delivery” eram consideradas vips, porque tinham o contato pessoal com os donos dos estabelecimentos ou com a pessoa responsável. Cecconelo destacou ainda que os pedidos eram feitos por meio de códigos. As expressões utilizadas não foram divulgadas porque, segundo a polícia, a investigação tem trechos sigilosos.

“Os códigos deixavam bem claro que os clientes estavam pedindo sim a entrega de entorpecentes junto com o lanche. Então, era efetuado em pagamento de um valor maior pelo motoboy e era repassado diretamente aos proprietários ou aos responsáveis pelo crime”, acrescentou.

A droga era levada, juntamente com o lanche, por motoboy. A polícia investiga se estes profissionais tinham conhecimento do que transportavam. Os usuários tinham a opção de buscar a droga pessoalmente. Alguns, destacou a polícia, também estão sendo investigados. “Geralmente a droga chegava em horários alternativos, mas normalmente era vendida a noite conforme os usuários iam pedindo”, completou Cecconelo.

Durante os sete meses de investigação, foram apreendidos dois quilos de cocaína, 15 quilos de pasta base, uma pequena quantidade de maconha e R$ 17 mil em dinheiro. “Acreditamos que com isso, com essas prisões, diminua o tráfico de drogas na região”, disse a delegada.

Os estabelecimentos
Em nota, a casa noturna Purple Hills disse que “a casa não tem relação alguma com os atos dos acusados e irá abrir normalmente neste sábado (27). A pessoa autuada não fazia parte da empresa e o esquema supostamente era executado na lanchonete ao lado da casa”.

Até as 13h, o G1 não tinha conseguido manter contato com os demais estabelecimentos envolvidos.

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2 ideias sobre “E agora?

  1. Professor Xavier

    Que cara mais idiota, jogou fora o trabalho de toda uma vida. Agora sai daqui a alguns dias da cadeia e vai fazer o quê? Traficar, porque foi isto o que lhe restou. O cara já não ganhava bem, mas tem gente que só se contenta com terra de cemitério.

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