por Sérgio Brandão
Os clubes pedem arrego, dizem seus dirigentes que sozinhos não podem mais bancar os encargos pesados. Um ônus que eles próprios ou seus antecessores – em tempos que a “bola rolava solta”- rezavam a cartilha do dinheiro fácil, administrando conforme seus desejos e interesses. O preço está aí, salários de jogadores e treinadores que passam do absurdo para um futebol medíocre.
Como muitos – talvez a maioria – também achei que um recomeço da casa que caiu na Copa aconteceria pela própria CBF, mas não. Pelo contrário: acho que ficou pior. O futebol parece copiar a nossa política. Feita por gente que se repete no poder, viciando e comprometendo a máquina.
Do Coritiba Foot Ball Club vem um péssimo exemplo. Quando a maioria dos clubes procuram preservar as relações com a torcida, a direção Coxa trabalha na contramão. Espanta o torcedor.
Por algum tempo fui associado do clube, pagando uma mensalidade que me garantia assistir a todos os jogos no Couto Pereira, num plano que me acomodava no que chamavam de “sócio da Mauá” (agora setor Pró Torke).
Há dois ou três anos, a direção do Clube bateu no peito ostentando a marca que passava dos 30 mil sócios adimplentes. Eram vários planos oferecidos para quase todo tipo de bolso. A campanha para atrair novos sócios deu tão certo que a arrecadação com as mensalidades foi anunciada como a principal receita do clube. O principal responsável pelo sucesso da campanha de chamamento de novos sócios, era o futebol bonito que o time vinha jogando. Isso passou.
De uns 15 meses pra cá, o time se afundou, os sócios sumiram, os dirigentes se perderam em contratações e vaidades, e o associado que restou assiste a sucessivos fracassos, sem nada poder fazer, tendo preservado apenas o sagrado direito de todo mês comparecer ao caixa e pagar sua mensalidade.
Como o meu dinheiro estava curto e apenas me irritava indo ao estádio, cancelei o plano de sócio. Na época fui avisado que teria uma multa para pagar, caso decidisse voltar.
Hoje, quase um ano depois, decidi voltar. O Coxa está em minha vida e sinto falta dos jogos no Couto Pereira… mas a volta não aconteceu. A multa que preciso pagar é referente a 6 meses de mensalidade do mesmo plano – 90 reais – mais o valor da mensalidade, taxa de carteira, taxa de adesão etc. etc etc.
Imagino se o caso fosse de inadimplência. Quando cancelei o plano, fui ao clube e assinei o termo de cancelamento e rompemos formalmente o contrato.
Com todas estas exigências feitas para poder voltar, me sinto tratado como adversário. A diretoria parece trabalhar contra a volta do torcedor. A minha situação é a mesma de muitos outros que, depois de reorganizar as finanças, quer o retorno. Quando deveria facilitar a volta da torcida, a diretoria age de forma equivocada e afasta o torcedor.
Ou estamos falando de uma administração amadora, ou o discurso de amor pelo torcedor é mentiroso. Os dirigentes vão, o clube fica, e o meu amor por ele também.
Aguardo pacientemente a passagem de bastão, presidente Vilson Ribeiro de Andrade.
Administração amadora uma pinóia, o cara era banqueiro e banqueiro amador era o tio do cara, tanto é que conseguiu a façanha de falir um banco. A diretoria trouxa branca que nos transformar em um novo Paranazito, um time que ganhou tudo. E hoje não tem dinheiro nem para pagar a luz. O saudoso Evangelino deve estar se virando no túmulo a esta hora.
Vendo o jogo de hoje contra o Flamengo, e já no fim do mesmo, a situação se repete. O Coritiba não tem time. Então me faz lembrar do Torneio Roberto Gomes Pedrosa , quando os times aqui do Paraná se gabavam de conseguir um empate com os times do Rio e São Paulo. Voltamos para os anos 60 ,pelo menos o Coritiba. Disso tudo além de concordar com a matéria publicada, chego a simples conclusão que o Coritiba não precisa só de sócios e sim de um time completo que jogue bola, precisa de uma reformulação total, nem para isso caia novamente para a 2{ Divisão e renasça para um clube novo, para um time que tenha jogadores compromissados com o time e com sua torcida.