7:38Virou guerra!

O “filósofo” Vicente Matheus, folclórico presidente do Corinthians, disse um dia que “quem entra na chuva é para se queimar”. Quem dirige a Associação dos Municípios do Paraná apostou nisso. No calor da campanha eleitoral resolveram ir à Assembleia Legislativa para pedir modificações no regimento interno do Tribunal de Contas. Coincidência ou não, aproveitaram o terreno aberto com a explosão da denúncia de fraude na licitação para construção do novo prédio anexo, que abalou as já não muito firmes estrutura da chamada Corte de Contas. A estratégia política foi tão acertada quanto a denúncia da existência de armas químicas no Iraque para justificar a invasão das tropas dos Estados Unidos. Na reunião com os deputados, que têm interesse na questão, afinal, estão cabalando votos para reeleição ou pular para a Câmara Federal, houve apoio e ficou estabelecido que haveria uma reunião com o comando do Tribunal de Contas, mesmo porque, para quem não sabe, quem pode mudar o regimento interno daquele órgão é o próprio, a partir de pedido encaminhado à Assembleia. É a lei. O que aconteceu? Pelo que se sabe, não houve a reunião, a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia vai examinar nos próximos dias o que seria modificado e a reação do Tribunal de Contas, como se viu ontem aqui, foi do tamanho da iniciativa da AMP: colocaram a lupa na ficha dos dirigentes e de cara informaram que vão investigar uma denúncia de nepotismo do presidente Luis Sorvos, prefeito de Nova Olímpia, que teria sonegado a informação de que empregou sua mulher como Controladora Interna da prefeitura. Em brasileiro isso quer dizer que o confronto virou guerra declarada. Seria evitada se a reivindicação dos prefeitos, que não aceitam, por exemplo, que as contas do Governo do Estado sempre sejam aprovadas e haja rigor excessivo com as dos municípios menores, fosse colocada numa outra hora, já que a chiadeira é antiga. Todos sabem da forte influência política dentro do TC, principalmente porque ele, desde sempre, tem um desvio de origem que é o da escolha da maioria dos conselheiros dentro desta seara – e não de forma técnica. O erro da AMP, com o aval dos deputados, foi colocar as cartas do pano verde da negociação exatamente nesta hora – e com jogadores que não podem pedir porque estão com dívida na banca.

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Uma ideia sobre “Virou guerra!

  1. antonio carlos

    Este bate boca até parece coisa de desocupados, ou de gente muito fraca da cabeça. As proposições da AMP não passam de um chororô infantil, de gente sem argumentos e pessimamente preparada. A corte de contas deve estar em polvorosa esta hora, e com razão, porque alguns país da pátria aqui da província poderão ter ideias de jerico. Alcaides despreparados ou mal intencionados podem ser perdoados, estamos em ano de eleição e nenhum dos representantes do povo quer ficar de malzinho com os coronéis dos grotões,

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