15:01A urgência das blitzes em Curitiba

A propósito da reportagem da edição de hoje do jornal Gazeta do Povo que revelam que em quatro anos houve um aumento de 81% no número de autuações de embriaguez ao volante em Curitiba, segue o artigo publicado no dia 08 de fevereiro deste ano neste blog:

por Claudio Henrique de Castro*

O trânsito mata mais de 40 mil pessoas anualmente no Brasil. As estatísticas todos estamos cansados de saber. O pior nisso tudo é o sentimento de impunidade que se instalou nas vias públicas brasileiras.

Os processos judiciais não têm fim, a vida segue, vem a prescrição penal e pouquíssimos são condenados pelos delitos.

Minha primeira aula deste ano na semana que vem será sobre este tema. Coincidência ou não, assistimos ao pavoroso e mortal acidente na rua 24 de Maio com Praça Rui Barbosa, no coração de Curitiba, que ceifou a vida de inocentes e respeitadores das leis de trânsito.

Não há tempo a perder! Em São Paulo, Rio de Janeiro e outras importantes capitais onde a fiscalização da alcoolemia foi intensificada, os índices de acidentes diminuíram sensivelmente. Também precisamos implementar a educação do trânsito nos ensinos  básico e médio porque a prevenção sempre foi a melhor solução.

É urgente formarmos cidadãos conscientes da chamada alteridade, isto é, nosso direito tem limites e termina onde se inicia o direito do outro. Em outras palavras, para o Direito Canônico: não faças para o próximo aquilo que não deseja para si!

Curitiba merece madrugadas nas quais os motoristas alcoolizados sejam detidos e punidos e que essa marca cultural nefasta seja banida da cidade.

Esperamos que a Polícia Militar faça a sua parte e não se detenha frente às pressões econômicas dos bairros e estabelecimentos noturnos onde a venda de bebidas e a liberdade de clientes baladeiros e irresponsáveis é fonte de lucro e prosperidade para os empresários da noite.

*Advogado e professor de Direito

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3 ideias sobre “A urgência das blitzes em Curitiba

  1. Nathan

    A proposta merece todo apoio das pessoas de bem. Urge a instituição de ações permanentes de combate aos criminosos do volante. Não só aos que se embriagam, mas também aos que descumprem as regras básicas como avançar o sinal e que causam mortes e mutilações, desgraçando pessoas e famílias!

  2. Diogo Almeida

    Ta certo….. Mas seria culpa da bebida? Uma espiada nos dados de acidentes e mortes no trânsito mostram que não foram reduzidos os números de acidentes nem de vítimas, e sim, aumentaram! O problema está na falta de punição, na apuração dos acidentes, e no indivíduo que não possui bom senso, independente se bebe ou não! O bafometro e as brigas nos estádios, são usadas em uma campanha maciça contra o álcool, porém, fere o direito individual de cada um, inclusive o de assumir as responsabilidades! Eu parei de beber há alguns anos….mas, quando leio que a bebida causa mais acidentes (os números desmentem), que a bebida gera mais violencia(as brigas nos estádios e arredores não pararam), temos que procurar a solução em outro ambiente!

  3. antonio carlos

    Enquanto as leis forem feitas somente para proteger os bandidos, a guerra no transito continua. Quem bebe e dirige está pouco se lixando para multa ou ponto na carteira. Tem gente que tem carro ou moto e, nem se dá ao trabalho de ter carteira de motorista. Depois o delegado atribui uma multa que o bebum paga dando risada, acompanhado sempre do seu advogado. E sai da delegacia e assume o volante do carro da patroa. Zombar da lei é tão legal, aí eu posto as fotos das minhas diatribes no trânsito nas redes sociais. E ainda tem gente que curte isto. Trouxas somos nós, as vítimas destes bandidos.

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