por Sérgio Brandão

É, parece que o futebol anda mesmo dando ares de mudança. Pelo menos nesta Copa. Desde a abertura, fico olhando pra tevê tentando pensar em algo pra escrever e não consigo. Só sinto que tudo anda diferente e tudo que gostaria de dizer é tão óbvio, que não precisa ser dito.

Só sei que é gostoso ver seleções pequenas indo pra cima das grandes. E nenhuma delas sentando na retranca pra segurar placar. A melhor delas sem dúvida é a Costa Rica, que caiu num grupo onde era coadjuvante e agora assiste a briga de Uruguai e Itália pelo segundo lugar, desclassificando a poderosa Inglaterra. Sim, porque por antecipação já está classificada como primeira do grupo.

Tem até 0x0 bom de assistir. Foi o que vi na partida entre Japão e Grécia.

Até os japoneses que sempre surpreenderam em outras Copas, nesta, estão devendo, mas compensaram  dando show na arquibancada, nos mostrando um pouco de civilidade com aquela cena que corre o mundo, ou seja, ajudando na limpeza dos estádios por onde passam.

Esta Copa mostra o amor entre dois homens – de um fisioterapeuta e um atleta. Os dois trabalhando e se curando pelo amor ao trabalho de um pelo outro. Uma Copa onde a torcida emociona seus heróis, também mostrando o amor pela “pátria amada”.

Uma Copa onde pequenos ensinam os grandes. Quem sabe assim, a Fifa aprende como queremos ela organizando o futebol.

 

Por aqui, já entendemos: coxas e atleticanos finalmente conseguem conviver pacificamente. Dividem o mesmo estádio, até a mesma arquibancada, do mesmo lado, lado a lado, de bandeira, camisa e tudo.

 

Só por isso tudo, esta Copa já valeu!