Mas que Copa do Mundo que nada! A grande disputa na província até o dia da convenção vai ser nas entranhas do PMDB. Só que este jogo é disputado nos bastidores entre as turmas que estão enroscadas no governador Beto Richa desde que ele assumiu o poder há 3 anos e meio, e a do senador Roberto Requião, que é mestre em surfar em onda e maionese para se manter sempre na berlinda porque, sem isso, entraria nas catacumbas da depressão, o lado contrário do seu estado contumaz de mania. Orlando Pessuti faz o jogo do possível, ou seja, espera a hora para ver qual o melhor caminho para ter vantagem. Nessa disputa todos os meios para convencer convencionais são utilizados. Repetindo: todos. A vantagem dos tucanos que querem continuar no poder começa com os 11 deputados estaduais do PMDB que trabalham para Beto Richa e a chamada máquina do Estado, que inclui aí o domínio da Assembleia Legislativa, cujo presidente, Valdir Rossoni, é também o cacique do PSDB. Esse lado da disputa joga pesado e revela nos disparos enviados do lado escuro da lua que o alvo preferencial é Requião, ou seja, há uma boa dose de temor que ele passe adiante e entre livre, leve e louco na competição que vale o trono (nunca é demais lembrar que o ex-tri-governador não tem nada a perder na disputa, pois ainda tem mais quatro anos de mandato no Senado e tem 73 anos de idade completados em março). Tanto que, recentemente, num petardo distribuído nas chamadas redes sociais, reproduziram uma nota publicada na imprensa onde se afirmava que alguns pontos nebulosos da vida de Requião estavam sendo vasculhados, como o caso o famoso caso Rasera, etc. Só que no texto se informava que esses arapongas estavam interessados em “catapultar” a candidatura do senador. Se for mesmo para mandá-lo para o alto, é certo que Requião aceita de bom grado qualquer coisa, até tiro na testa. Isso é política!