Há uma semana a senadora Gleisi Hoffmann chamou o governador Beto Richa de mentiroso no encontro do PT onde a pré-canditatura dela ao governo do Paraná foi sacramentada. Não houve resposta. O tucano acha que o discurso furibundo que Gleisi resolveu adotar nos últimos tempos é sinal de desespero, mesmo porque foge ao seu padrão de conduta e não combina nem com o tom suave da voz. É consenso na tropa de choque de Richa que o motivo de tal atitude tem a ver com o peso dos carimbos que a candidatura recebeu com as lambanças de Eduardo Gaieviski, ex-assessor da Casa Civil que está preso sob acusação de pedofilia, e do deputado federal André Vargas, que seria um dos coordenadores da campanha da senadora mas foi defenestrado do PT na esteira do envolvimento com o doleiro Alberto Yousseff. Isso faria o famoso caso da “Sogra Fantasma”, do secretário especial Ezequias Moreira, parceiro e conselheiro do governador, parecer um problema pequeno na comparação, mesmo porque quando Gleisi e Richa se enfrentaram na disputa da prefeitura de Curitiba em 2008, os petistas não souberam usar essa munição para atacar o adversário – e o caso estava bem quente. Isso é política!