Mania de rei agora é se estrepar de véu e grinalda. O da Espanha renunciou. Ok, está com um pé na cova e outro na casca de banana, mas se não tivesse aprontado fora do casamento e fosse assassinar bicho grande na África, como se fosse um Hemingway da vida e, ainda por cima, posar para foto como machão latino… Pena que o coronel Hugo Chávez não está vivo para acabar de detonar o monarca. O que ele diria, depois de ter ouvido aquele “por que não te calas?” No mínimo seria um “sifu, hein reizoca?”. E os daqui? Roberto Carlos além de ser o censor-mor é pipoca, pois levou os “intelectuais” Chico e Caetano e mais um bando a seguirem seu conselho sobre biografias (tudo sob o comando da sargento Paula Lavigne), e depois saiu de fininho. Para arrematar, por 20 dinheiros, ele, coitadinho, aceitou fazer uma propaganda de bife, que, na vida real, não come. Pior, como testemunhas, colocou o filho e o empresário e deu aquela risadinha que a gente nunca sabe o que é. O outro rei, o da bola, filho de Dondinho e Dona Celeste, parceiro do genial Coutinho no Santos maioral, bem, esse é procurado pela imprensa do mundo todo em tempos de Copa do Mundo para falar besteira, como essa de comparar Cristiano Ronaldo a Dadá Maravilha, nosso grande filósofo. Pelé falando o que pensa é tão ruim que nem no time da Globo ele joga – e olha que o comandante de lá é o Cala Boca Galvão Bueno. Talvez isso seja uma praga deixada na Terra pelos reis de verdade. Se for assim, seria muito bom escolher entre as aberrações que estão por aí no mundo político, aqueles que mereçam ser coroados. Assim, quando, de peito estufado, sentarem nos respectivos tronos, bastará apertar o botão o puxar a cordinha da descarga para que desapareçam.

*Publicado no site A Gralha (www.agralha.com.br)