Do jeito que veio
Nos 50 anos do golpe de estado promovido contra João Goulart, artistas e intelectuais dos Campos Gerais se reúnem num teatro para fazerem sua parte em desmontar o mito de que brasileiro não tem memória.
Algumas das perguntas a serem respondidas: Qual é a memória da sua geração? Qual a memória de sua profissão quanto à ditadura? Como trabalhar uma cultura contra a censura? Como respeitar a diversidade de opiniões? O que dizer para alguém que nasceu entre 1964 e 1985?
O evento destaca o cruzamento entre temas de cultura e de cidadania a partir do o direito à memória e à verdade. Além do simbolismo dos 50 anos do golpe, a programação inclui homenagens a Rubens Paiva e a Vladimir Herzog.
As atividades representam a consciência de que as cidades do interior brasileiro foram palco de uma acirrada disputa por “corações e mentes” de seus habitantes para dar suporte à instalação e à sucessão de governos não democráticos.
O 31 de Março em PG
A cidade de Ponta Grossa possui linha de ônibus inter-bairros, escola e núcleo habitacional que homenageiam o “31 de Março”. O núcleo foi inaugurado com esse mesmo nome às 14h30 do dia 31 de Março de 1967.
Em 1969, o escritor Paulo Coelho ficou preso no 13º BIB após ser confundido como membro de um grupo de guerrilha. História que é narrada aos detalhes na biografia “O Mago”, de Fernando Morais, lançada em 2008.
O evento tem a curadoria do jornalista Ben-Hur Demeneck, atualmente doutorando ECA/USP. As atividades são gratuitas e os convidados são orientados a combinar sua apresentação com o uso de imagens, áudios e vídeos. Será emitido atestado de participação de 4h de duração para quem assinar o termo de frequência.
PROGRAMAÇÃO
15h-17h – ATIVIDADE ACADÊMICA
Apresentações e debate sobre direito à memória e reparação simbólica. Perguntas a responder: qual a memória de sua profissão quanto à ditadura? Qual é a memória da sua geração? Os três integrantes do painel são doutorandos em suas áreas de atuação:
Érico Ribas Machado (pedagogo / USP)
Thiago Divardim (historiador / IFPR)
Ben-Hur Demeneck (jornalista / USP).
A atividade será seguida de homenagem a Rubens Paiva.
19h30-21h30 – ATIVIDADE CULTURAL
Três gerações de artistas procuram responder a essas questões: como trabalhar uma cultura contra a censura? Como respeitar a diversidade de opiniões? O que dizer para alguém que nasceu entre 1964 e 1985? Os convidados são:
Roque Sponholz (Arquiteto; anos 1960/1970)
Erickson “Betão” Cruz (produtor gráfico; anos 1980/1990)
MC Zero Meia e MC Gafanhoto (Rappers; anos 2000/2010)
Durante a ditadura, Roque Sponholz era estudante de arquitetura em Curitiba, na UFPR. Durante a redemocratização, “Betão” publicava fanzines e cantava em banda de heavy metal. Atualmente, Zero Meia e Gafanhoto são MCs do grupo Federação Repúbli-k. Os quatro têm algo a dizer sobre a herança autoritária em pleno ano de 2014.
A atividade será seguida de homenagem a Vladimir Herzog.
COLETIVA DE IMPRENSA 18h-18h30: jornalistas e demais comunicadores terão esse intervalo de tempo para entrevistar participantes do evento.
onde fica
Cine Teatro Ópera, sala B.
R. XV de Novembro, 468 – Centro
Ponta Grossa/PR
mapa
quando ir
31/3/2014
quanto custa
Evento Gratuito.