Rivaldo anunciou sua despedida dos gramados. No Brasil a notícia vai passar como se nada tivesse acontecido. Rivaldo nunca foi reconhecido como o excecpcional craque que foi – e aí entra toda uma mistura de fatores onde até o preconceito por ele não ser simpático à imprensa, por ser feio e de cor indefinida entra. Rivaldo foi o principal jogador na conquista da Copa do Mundo de 2002. Rivaldo foi eleito melhor do mundo em 2009 jogando pelo Barcelona, ou seja, está no mesmo nível de Romário, Ronaldo Fenômeno e Ronaldinho Gaúchco. A canhota de Rivaldo tanto escondia a bola como era de uma precisão absurda nos passes. A bola, com ele, colocava no chão. E quando vinha alta, ele era capaz de fazer um gol como aquele de bicicleta na final da Liga dos Campeões que vai ficar para sempre na memória de quem ama o futebol. Rivaldo hoje é dono de time e jogou até os 41 anos, mesmo sentindo dores nos joelhos, porque ama o futebol e sempre colocou seu talento acima de tudo. Rivaldo é tão especial que nos legou um herdeiro de bola, seu filho, Rivaldo Junior que, para quem viu jogar, seguirá a tradição de Ademir da Guia, filho de Domingos, e Djalminha, filho de Djalma Dias. Obrigado, Rivaldo.