por Sergio Brandão
Coloco nesta lista o menino Neymar, escalado com o gesto de acolher o menino sul-africano que driblou a segurança da partida amistosa no meio da semana na Africa do Sul. O que ele fez provavelmente foi maior do que todas as doações dadas a instituições de caridade. A alegria e o sorriso que colocou no rosto do pequeno sul-africano, valeu o ingresso. Se Armando Nogueira tivesse visto a cena, certamente teria dado o título a Neymar.
Se a gente levar em conta todo o aparato que envolve uma partida destas, interesses, disputa por posições em plena véspera de C opa do Mundo, Neymar teve tempo e olhos para ver a periferia da fama, dos holofotes e do compromisso que tem em jogar bem. Parou tudo para proporcionar uma das cenas mais belas do amistoso – e quem sabe de toda a sua carreira.
Que garoto com pouco mais de 20 anos, como ele, está preocupado com os mimos de uma criança tiete, em busca de fotos com o ídolo? Que garoto com todo o dinheiro que já ganhou e ainda vai ganhar, teria olhos para um desejo tão “pequeno”? Neymar teve – por isso, é craque cidadão.
Inesquecível também a alegria dele em poder atender o desejo da criança. Dois sorrisos, duas crianças encantadas, maravilhando o mundo milionário da bola. A cena ganhou o Planeta e deve ter pago parte do dinheiro que o Barcelona gastou para tirar o craque do Santos.
Sou cada vez mais fã deste menino! Gosto dele. Tem estrela sim, além de muita luz.
Nem precisaria comentar, mas é preciso enaltecer o fato – esse pouco de intensa humanidade num muito de profunda mediocridade.