De um insone e atormentado amigo do blog:
Toda vez que o interesse do povo e o interesse público parecem que vai prevalecer, aparece a desculpa do bom e velho “equilíbrio econômico financeiro”. O equilíbrio dos privilégios, das ilegalidades, dos abusos, dos contratos com cheiro de enxofre.
Um centavo altera o sagrado e sacrossanto “equilíbrio” de quem está sentado em cima da montanha construída com poder e que gera dinheiro.
A tarifa do pedágio não pode ser reduzida, a tarifa do ônibus, a tarifa da telefonia e tantas outras da era das privatizações, idem.
O povo que se esborrache – o bom e velho povo, sempre esquecido depois das últimas eleições.
É assim desde que o Brasil se chamava Terra de Vera Cruz.
Os poderes constituídos, todos, estão deitados em berço esplêndido, seguindo à risca o que diz nosso hino nacional.
O direito nunca é pelo interesse público, pela legalidade, pelo probidade, pelos princípios da administração pública.
Sempre há um jeito de burlar as leis, sempre há teses renomadas a defender o indefensável e tribunais dispostos a deferir liminares vazias de sentido e repletas de cifrões.
Enquanto isso, a maioria, mantida na ignorância, assiste a história passar, a banda passar, a vida passar.
Afinal, tudo passa, tudo passará !
Assim, continuamos passageiros desta aventura triste chamada Brasil !