19:15Justiça determina fim da greve dos ônibus

Da Gazeta do Povo

 

Justiça determina volta total da frota de ônibus até meia-noite desta sexta

Em audiência de conciliação, TRT propôs também novo reajuste aos trabalhadores. Se sugestão não for aceita, demanda será encaminhada para dissídio coletivo

 

A desembargadora Ana Carolina Zaina, do Tribunal Regional do Trabalho da 9.ª região (TRT-9.ª), determinou, no início da noite desta sexta-feira (28), que 100% dos ônibus de Curitiba e Rede Integrada de Transporte (RIT) voltem a operar até meia-noite desta sexta. A decisão foi estabelecida na 3ª reunião de audiência de conciliação, iniciada por volta das 14h15 e que foi encerrada pouco depois das 19 horas.

Além da decisão, Ana Carolina fez também a última proposta da negociação no TRT. Ela sugere a manutenção da data-base dos trabalhadores do setor em 1º de fevereiro, reajuste de 9,28% (5,26% INPC + 3,82%), abono de R$ 300 e reajuste de 10,5% na cesta básica. Nenhuma das duas propostas feitas anteriormente pelo tribunal conseguiu fechar um acordo entre os sindicatos patronal e dos motoristas e cobradores.

Assim como as demais linhas da frota de transporte coletivo, estes ônibus operam com 50% dos veículos em horários de pico (das 6h às 8h e das 17h às 19h, em dias de semana, e das 6 horas às 8 horas, aos sábados), e 30% nos demais horários. Têm itinerários com destino ao terminal as linhas Aeroporto ligeirinho e executivo.

Sob a nova sugestão, a ordem é de que as partes analisem até às 15h deste sábado (1º). Se os trabalhadores não aceitarem a proposta, a magistrada encaminhará a demanda para dissídio coletivo. Quanto aos dias de paralisação, a proposta da juíza aos empresários é que considerem como dia de efetivo serviço.

Representante do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Curitiba e Região (Setransp), o advogado Carlos Santiago afirmou que aceita não descontar os dias parados, desde que a nova proposta do reajuste seja aprovada em assembleia e os motoristas e cobradores voltem ao trabalho. A classe patronal disse ainda assegurar aos trabalhadores manter as demais cláusulas da convenção coletiva.

A vice-prefeita, Miriam Gonçalves, que esteve presente na audiência conciliatória, manifestou-se favorável à proposta e disse que é o limite possível que o município pode assumir para por fim à greve.

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