Olha aí o exemplo que deveria ser seguido por magistrados de todo o país, ao invés de ficarem na batalha por todo tipo de penduricalho financeiro, como o auxilio-moradia pedido pelo TJ do Paraná. O jornalista Carlos Brickmann conta que o juiz Antônio Carneiro, da 4ª Vara da Fazenda de João Pessoa, proibiu a prefeitura da capital da Paraíba, de gastar dinheiro com publicidade oficial e eventos festivos enquanto não cumpra sentença que determina a compra de remédios para doentes com câncer. Nas palavras do juiz, que honra a classe, “o direito à vida e à saúde são preceitos de ordem constitucional”; “os orçamentos destinados à construção de equipamentos públicos, por mais necessários que sejam, perdem a razão de ser quando confrontados com o risco de perecimento da vida”; “nada de propagandas oficiais ou festas populares sem que a saúde da população seja assegurada”.
Tomara que tenha frutos noutros recantos do país.
Essa excrescência chamada publicidade oficial, eufemismo para propaganda (não raro enganosa) do governo ou governante de plantão precisa ter um fim.
Somando tudo, bilhões vão para o ralo, quando não para os bolsos de apaniguados, num país onde educação, saúde e segurança públicas são deficiências monumentais para a sociedade.
Essa excrescência não constrói uma obra pública, não implanta um serviço público, não cria um emprego de que a sociedade está para lá de carente.
Todo o apoio a este JUIZ com letra maiúscula!
Notícia boa. Ah! Se todos os juizes fossem assim!
Belo exemplo para os nossos juízes que, agora querem morar de graça. De graça? Ganhando o que ganham deveriam ter, pelo menos, ter o pudor de não pedir que lhes paguemos a casa aonde moram. A Justiça se desmoraliza sozinha.